Após a invasão israelense na capital da Palestina, Rafah, mais de 800 mil pessoas já deixaram a cidade. É o que disse a UNRWA, Agência da ONU para Refugiados Palestinos neste sábado (18).
A cidade que fica localizada ao sul da Faixa de Gaza, concentrava até o início deste mês, cerca de 1,5 milhão de pessoas em sua maioria, vindos de outras partes do território.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), o porta voz da UNRWA, o diplomata suíço Phillipe Lazzarini, escreveu que "Mais uma vez quase metade da população de Rafah, 800 mil pessoas, são forçadas a fugir". Lazzarini disse ainda que que o principal destino dos refugiados, são áreas próximas a de Khan Younis, e que muitos têm se abrigado em prédios em ruínas.
Relembre
Entre os dia 6 e 7 de maio deste ano, tanques israelenses cruzaram a fronteira em direção à Rafah. Houve confrontos entre as forças armadas de Israel e membros do grupo terrorista Hamas. esses conflitos estão aumentando à medida que tropas de Tel Aviv se aproximam da cidade.
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Diante da guerra, Israel tem sofrido pressão de países aliados ocidentais, principalmente dos Estados Unidos. O presidente americano pede para que não haja uma invasão em larga escala em Rafah.
A capital palestina já vive um crise humanitária intensa e segundo a ONU, a grande maioria da população palestina em Gaza, está sofrendo de insegurança alimentar, com cerca de 1 milhão de pessoas passando fome, conforme levantamentos do mês de março.
Em uma relação estremecida entre o governo de Joe Biden e a gestão do primeiro ministro, Byniamin Netanyahu, o presidente americano anunciou a suspensão do envio de 3.500 bombas a Israel no início do mês.
Biden argumentou que havia risco que essas bombas fossem usadas na invasão a Rafah, e admitiu pela primeira vez que armas americanas vem sendo usadas contra civis em Gaza.
Ao dia seguinte, Israel se pronunciou e disse que tem armas e munições suficientes para invadir Rafah e realizar "outras operações já planejadas". Netanyahu afirmou que os israelenses lutarão com as unhas, se necessário. A capital israelense sustenta que a invasão a Rafah é crucial para que o país vença a guerra e elimine o Hamas.
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