O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aliado histórico de Israel, disse se opor ao "reconhecimento unilateral" de um Estado palestino. Reação do presidente americano ocorreu após decisão de Espanha, Irlanda e Noruega. Os três países anunciaram, nesta quarta-feira (22), que irão reconhecer a Palestina como Estado a partir de 28 de maio.
Biden fez o seu pronunciamento por meio de um porta-voz da Casa Branca: "Um Estado da Palestina deve ser constituído através de negociações diretas entre as partes, e não por um reconhecimento unilateral."
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Michael Roth, presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Alemanha, também questionou a decisão. Ele relembrou os massacres provocados pelo grupo extremista Hamas e disse não estar convencido sobre a iniciativa dos três países.
"Não estou convencido de que o reconhecimento da Palestina como um Estado soberano seja uma medida apropriada depois dos horríveis massacres do Hamas em 7 de Outubro do ano passado", disse Michael Roth, em seu perfil no X (antigo Twitter).
INICIATIVA POLÊMICA
Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram a decisão de reconhecer o Estado palestino a partir da próxima semana. O movimento evidencia a divisão na UE (União Europeia), que tem trabalhado sem sucesso para encontrar uma posição comum desde o início da guerra em Gaza.
"Há muitos, muitos meses, os 27 Estados-membros pediram um cessar-fogo em Gaza" e reiteraram "seu apoio à solução de dois Estados", o israelense e o palestino, mas "devemos ser sinceros e reconhecer que não é suficiente", afirmou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no Parlamento de Madri.
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"Chegou o momento de passar das palavras à ação, de dizer aos milhões de palestinos inocentes que sofrem que estamos com eles, que há esperança", declarou Sánchez, que acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de colocar em "perigo" a possibilidade de dois Estados com sua política de "dor e tanta destruição".
A solução de dois Estados é o "único caminho crível para a paz e a segurança, para Israel e a Palestina, e para os seus povos", afirmou em Dublin o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris.
Israel respondeu e convocou seus embaixadores nos três países para consultas.
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