Atualmente, segundo as estimativas mais recentes, a quantidade de humanos vivendo no planeta Terra é de 8,1 bilhões de pessoas. Este número expressivo, no entanto, apresenta tendência de alta para as próximas três décadas.
Recentemente, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas se reúne para comemorar os 30 anos da realização da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), que ocorreu em 1994. De lá para cá, a população global cresceu de forma significativa, de 5,6 bilhões para 8,1 bilhões de pessoas, com projeções indicando um crescimento para quase 10 bilhões até 2054.
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Em 1994, os líderes mundiais se uniram para adotar medidas que afirmassem a igualdade de gênero, o empoderamento de mulheres e meninas, além do acesso universal aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva, reconhecendo estes como direitos humanos fundamentais e pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável. Este compromisso estabelecido durante a CIPD continua a reverberar nas discussões atuais.
Dennis Francis, presidente da Assembleia Geral da ONU, ressalta que o Programa de Ação da CIPD marcou uma nova era de engajamento por parte dos governos e da comunidade global. Ele destaca a necessidade de integrar as questões populacionais em todas as esferas da vida socioeconômica e ambiental, envolvendo tanto a sociedade civil quanto os líderes jovens.
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Entretanto, Francis observa que, apesar do progresso, a distribuição dos avanços tem sido desigual, tanto entre países quanto dentro deles. Ele alerta para as ameaças à continuidade dessas conquistas, citando crises globais como as mudanças climáticas e os conflitos, que colocam em risco os ganhos alcançados ao longo dos anos.
VIDA MAIS LONGA E SAUDÁVEL
Segundo o subsecretário-geral dos Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua, “as pessoas estão vivendo mais e tendo vidas mais saudáveis”. Ele afirmou que “esta história de sucesso é impulsionada por melhorias na nutrição, saneamento e controle de doenças, maior acesso à educação e melhores serviços de saúde, entre outros fatores”.
Junhua comentou que metade do crescimento populacional global projetado entre hoje e 2050 deverá ocorrer em três grupos de países em situações especiais. Os menos desenvolvidos, os em desenvolvimento, mas sem litoral e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento. Segundo o subsecretário-geral, “progresso nestes três grupos de países determinarão cada vez mais se as metas de desenvolvimento global serão alcançadas”.
DIREITOS DAS MULHERES
A diretora- executiva do Fundo de Populações da ONU, Unfpa, Natalia Kanem, listou alguns avanços importantes nos direitos de mulheres e meninas. Segundo ela, entre 2000 e 2020, a mortalidade materna diminuiu em um terço e “nem um único parlamento ou congresso hoje é exclusivamente masculino”.
Além disso, a líder do Unfpa afirmou que as meninas alcançaram a paridade com os rapazes nas matrículas no ensino primário e já excedem os meninos nas matrículas pós-secundárias.
No entanto, de acordo com ela, a Covid-19, os conflitos e a turbulência econômica causaram atrasos ao mesmo tempo em que desafios emergentes se aproximam. Dentre eles estão a “crise climática, retrocessos alarmantes contra os direitos das mulheres e novas tecnologias”, que precisam ser regulamentadas.
ALTA DA EXPECTATIVA DE VIDA
O relatório apresentado pelo secretário-geral ONU para a 57ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento indica que a expectativa de vida ao nascer registrou melhorias notáveis, aumentando globalmente de 64,5 anos em 1994 para 73,7 anos para ambos os sexos em 2024, impulsionado por reduções nas taxas de mortalidade ao longo das faixas etárias.
As melhorias na sobrevivência, juntamente com a queda da fertilidade, transformaram a idade e a distribuição da população global. O número de crianças menores de cinco anos em todo o mundo permaneceu estável, enquanto o número de pessoas com 65 anos ou mais do que duplicou nos últimos 30 anos e deverá duplicar novamente até 2054.
O relatório aponta também que quase 58% da população mundial residia em áreas urbanas em 2024, contra cerca de 44% em 1994.
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