Com uma guerra sem prazo para terminar, mais pessoas morreram no Líbano, aumentando o clima de tensão no Oriente Médio e para a Organização das Nações Unidas (ONU).
Na noite desta quarta-feira (2), as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram um ataque aéreo contra Beirute, a capital do Líbano. Informações preliminares do Ministério da Saúde libanês afirmam que o bombardeio deixou, pelo menos, dois mortos e 11 feridos. A ação ocorre em meio a um cenário de crescente tensão na região.
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De acordo com o comunicado oficial das IDF, o ataque foi “preciso” e atingiu a região sul de Beirute, onde três grandes explosões foram ouvidas. As forças israelenses afirmam que os bombardeios tiveram como alvo a área de Dahiyeh, conhecida por ser um reduto do Hezbollah, grupo militante libanês. O local é o mesmo onde o chefe da organização, Hassan Nasrallah, foi morto em uma ação anterior de Israel.
Fontes de segurança do Líbano confirmaram que o ataque ocorreu dentro dos limites urbanos da capital, próximo ao centro da cidade. Imagens e vídeos divulgados nas redes sociais mostram um edifício destruído e uma densa fumaça cobrindo o céu no sul da cidade. Segundo a BBC, o alvo do ataque teria sido um centro de saúde ligado ao Hezbollah.
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O Hezbollah, que já havia declarado sua resistência ao avanço das tropas israelenses no sul do Líbano, continua a ser um dos principais focos das operações militares de Israel. Jornalistas da AFP, localizados fora da capital, relataram que as explosões foram tão intensas que puderam ser ouvidas a quilômetros de distância.
Nas últimas 24 horas, ataques israelenses resultaram na morte de 46 pessoas no Líbano, além de deixar 85 feridos, conforme dados do Ministério da Saúde libanês. Somente nas últimas duas semanas, os bombardeios já vitimaram cerca de 1.000 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Operações terrestres e resposta internacional
Na terça-feira (1º), Israel anunciou o início de operações terrestres "limitadas" no sul do Líbano, com o objetivo de destruir a infraestrutura do Hezbollah. As autoridades israelenses fizeram um novo apelo para que civis libaneses deixem imediatamente as áreas de conflito no sul do país.
Além das ações no Líbano, Israel prometeu retaliar o Irã após recentes ataques de mísseis atribuídos ao regime iraniano. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã "pagará o preço" por esses ataques, classificando a ação como um "erro grave". A resposta israelense a esse incidente pode aumentar ainda mais a tensão no Oriente Médio, segundo especialistas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já declarou seu total apoio a Israel e disse que discutirá uma possível resposta militar com Netanyahu nas próximas horas.
Crescimento das tensões
O ataque recente do Irã marca a maior demonstração de força do país até o momento. Apesar de não ter causado vítimas israelenses, a ação acendeu alertas sobre o risco de uma escalada ainda maior do conflito na região. O Pentágono, por meio do porta-voz Patrick S. Ryder, revelou que este ataque foi o dobro do tamanho da incursão aérea iraniana realizada em abril, quando mísseis foram lançados em retaliação à destruição de um consulado iraniano na Síria.
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