A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que o governo do país apresentou uma denúncia contra o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, sob a acusação de que ele supostamente conviveu com quatro menores durante o período do asilo político concedido pelo ex-presidente argentino Alberto Fernández.
O anúncio foi feito em postagem na conta pessoal da ministra na rede social X neste sábado (2). "Morales, denunciado. O crime em solo argentino se paga", escreveu Bullrich.
Morales já é investigado na Bolívia por supostamente ter estuprado uma adolescente em 2014, com quem teria tido uma filha. Esse caso foi divulgado no começo de outubro pelo Ministério da Justiça do governo boliviano de Luis Arce, adversário político de Morales.
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Na Argentina, a titular da pasta da Segurança publicou que "à causa por abuso de menores aberta na Bolívia, soma-se algo ainda mais aberrante: o ex-presidente boliviano socialista é acusado de ter convivido com quatro adolescentes durante o asilo político concedido pelo kirchnerismo".
"O pior dos crimes, em nosso solo. Por isso, há 15 dias apresentamos uma denúncia por suposta prática de crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual", afirmou a ministra.
De acordo com o jornal La Nacion, a denúncia traz a acusação de que Morales conviveu com menores durante sua estadia na Argentina, entre 2019 e 2020. As vítimas teriam sido trazidas da Bolívia para realizar trabalhos domésticos em sua casa.
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Em um dos depoimentos do caso foi mencionado que Angélica Ponce, ex-dirigente próxima a Morales, denunciou que durante suas visitas ao ex-presidente observou menores desempenhando funções que descreveu como servis na residência paga pelo governo argentino, segundo o veículo.
O jornal ainda relata que Ponce também afirmou que Morales recebia "meninas como presentes" daqueles que desejavam obter favores governamentais, e ela lembrou como o ex-presidente boliviano chegava a comentar abertamente que "todos que queriam obter obras lhe presenteavam com uma menina".
Questionado sobre as acusações na Bolívia, Morales nega ter cometido quaisquer crimes sexuais.
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