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MEIO AMBIENTE

Nova ferramenta permite mapear poluição nos oceanos

Pesquisadores do RMIT desenvolveram uma ferramenta para mapear a poluição por plástico nos oceanos como forma de auxiliar na limpeza e na preservação do meio ambiente

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Imagem ilustrativa da notícia Nova ferramenta permite mapear poluição nos oceanos camera A poluição dos oceanos causa danos irreparáveis ao planeta. | (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A poluição ambiental é uma das principais causas do desequilíbrio de temperaturas globais, mudanças drásticas no tempo, além de outros desastres naturais.

Pesquisadores do Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT), na Austrália, desenvolveram uma nova ferramenta de imagens de satélite capaz de identificar e mapear a poluição por plástico nos oceanos. A tecnologia avançada consegue distinguir como a luz é refletida pela areia, pela água e pelos plásticos, permitindo identificar a presença de resíduos plásticos a uma distância de até 600 quilômetros de altitude.

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Essa inovação já está sendo utilizada para monitorar a enorme quantidade de lixo plástico que flutua nos oceanos, incluindo grandes concentrações, como a Grande Mancha de Lixo do Pacífico — uma área de resíduos que ocupa cerca de três vezes o tamanho da França.

O chamado Índice de Resíduos Plásticos Encalhados é o ponto central dessa ferramenta, oferecendo uma fórmula matemática que torna possível localizar e mapear as áreas mais críticas de acúmulo de plástico. Isso representa um avanço significativo na elaboração de estratégias para a remoção desses resíduos, facilitando o planejamento de ações de limpeza. No entanto, a tecnologia encontra dificuldades em detectar resíduos na areia das praias, uma vez que o plástico pode estar parcialmente encoberto.

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Imagem de satélite mostra a poluição dos oceanos.
📷 Imagem de satélite mostra a poluição dos oceanos. |(Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT))

Publicado recentemente na revista científica Marine Pollution Bulletin, o estudo aponta para um avanço crucial na luta contra a poluição por plástico. Estima-se que mais de 10 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos a cada ano, afetando gravemente a vida selvagem e os ecossistemas marinhos. Caso esses resíduos não sejam removidos, acabam se fragmentando em micro e nanoplásticos, o que torna a limpeza ainda mais complexa.

Para a Dra. Mariela Soto-Berelov, coautora da pesquisa, a inovação representa um salto fundamental: “Isso é incrivelmente emocionante, pois até agora não tínhamos uma ferramenta para detectar plásticos em ambientes costeiros do espaço. A detecção é uma etapa crucial para entender onde os resíduos plásticos estão se acumulando e para planejar operações de limpeza”, destacou.

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