As eleições americanas não foram tão acirradas como projetavam as pesquisas às vésperas do pleito —ao menos quatro dos sete estados-pêndulo derrotaram a democrata Kamala Harris e elegeram, nesta quarta-feira (06), Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, a atenção dos estrategistas estava voltada para esses locais devido ao peculiar sistema de votação americano. Nos EUA, vence quem tiver a maioria dos membros do Colégio Eleitoral —538 delegados distribuídos entre os 50 estados americanos proporcionalmente à população de cada local.
O candidato vencedor em um determinado estado ganha todos os delegados dali. Na prática, porém, o placar não começa no zero a zero, já que muitas regiões são tradicionalmente democratas ou republicanas e, por isso, praticamente ignoradas por estrategistas.
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Em Nova York e na Califórnia, por exemplo, candidatos democratas vencem desde 1988 e 1992, respectivamente. Já no Texas, presidenciáveis do Partido Republicano são a preferência desde 1980. Esse cenário faz com que, para fins de análise, a corrida de 2024 tenha começado com 226 delegados garantidos para Kamala e 219, para Trump.
Com esse placar, cada um correu atrás de conquistar os 93 delegados restantes em Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin, onde os votos realmente estavam em jogo. A despeito dos esforços do Partido Democrata, Trump caminha para conseguir a maioria em quase todos esses locais.
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O republicano alcançou uma vitória ainda mais sólida do que em 2016, quando derrotou Hillary Clinton. Desta vez, ele conquistou inclusive o voto popular, algo que não havia conseguido na primeira vez que chegou à Casa Branca.
Veja abaixo como foi a votação em cada estado-pêndulo:
CAROLINA DO NORTE
O primeiro estado-pêndulo a dar vitória ao republicano foi a Carolina do Norte, no início da madrugada desta quarta. Ali, Trump conseguiu 16 delegados após alcançar quase 2,9 milhões de votos, o que representa 51,1% dos eleitores. Kamala foi a escolha de 47,7% dos eleitores no estado.
Em uma pesquisa publicada no domingo (3) pelo jornal The New York Times em parceria com o Siena College, Kamala pontuava 48%, e Trump, 46%. A diferença do levantamento, feito com 1.010 entrevistados, estava dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
GEÓRGIA
Geórgia foi o segundo estado-pêndulo a anunciar a vitória de Trump, que conquistou mais 16 membros do Colégio Eleitoral ali. Somaram 50,8% os eleitores do estado que escolheram o republicano, ante uma pontuação de 48,5% de Kamala. A pesquisa do The New York Times com o Siena College colocava a democrata na frente, em um placar de 48% a 47%.
PENSILVÂNIA
Pensilvânia, onde a pesquisa do Siena College projetava um empate entre os dois candidatos, Trump conquistou mais 19 delegados ao conseguir 50,7% dos votos —Kamala foi a escolha de 48,4% dos eleitores.
WISCONSIN
Uma das vitórias mais apertadas até aqui, Trump conquistou quase 1,69 milhão de votos, ou 49,7% do eleitorado —uma diferença de pouco mais de 30 mil votos com Kamala, que pontuou 48,8%. A democrata aparecia na frente na pesquisa do Siena College de dois dias antes, com 49%, contra 47% de Trump.
MICHIGAN
Michigan, responsável por 15 membros do colégio eleitoral, ainda não tem um vencedor claro até o final da manhã desta quarta, mas Trump está na frente no estado por 49,9% dos votos, contra 48,2% de Kamala. Os candidatos apareciam empatados na pesquisa do The New York Times com o Siena College.
NEVADA
Os seis delegados que Nevada fornece tampouco estão definidos. Com 84% dos votos apurados, o estado deu 51,5% dos votos a Trump e 46,8%, a Kamala. A democrata estava com 48% das intenções de voto, segundo a pesquisa do Siena College, três pontos a mais que o republicano, mas dentro da margem de erro.
ARIZONA
Com 61% das urnas apuradas, Arizona tampouco tem um vencedor claro, mas Trump também está na frente no estado. Até o final da manhã desta quarta, o republicano tinha 51,9% dos votos ali, enquanto a democrata tinha 47,2%. A pesquisa divulgada no domingo colocava Trump na frente de Kamala, dentro da margem de erro, por uma diferença de quatro pontos (49% a 45%).
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