O coma é uma alteração no estado de consciência de um indivíduo, que fica incapaz de interagir com o ambiente ou reagir a qualquer tipo de estímulo sensorial, como um beliscão, por exemplo.
Uma série de situações que podem levar ao coma em alguém. As principais são: lesões que atingem diretamente o cérebro, como traumatismos (quando o paciente bate a cabeça), acidente vascular cerebral (AVC), tumores e infecções cerebrais. Alguns estados de coma podem ser de curta duração, enquanto outros podem durar semanas, meses ou mesmo anos.
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Foi o que aconteceu com o italiano Luciano d’Adamo que, após ser atropelado aos 24 anos, entrou em um coma profundo durante 44 anos. Quando Luciano acordou, ele já estava idoso e acreditava que ainda vivia nos anos 1980.
Ao abrir os olhos no hospital pela primeira vez após o coma, disse que tinha 24 anos e que estava noivo de uma garota de 19 anos. Infelizmente, foi informado logo depois que a realidade era bem diferente.
A mulher, que era sua esposa, tinha 58 anos. O homem que o chamava de “pai” era um adulto de 35 anos. E, ao se olhar no espelho, Luciano não se reconhecia com a aparência que tinha: a de um senhor de cabelos grisalhos.
“Ela me chamou de ‘Luciano’ e eu me perguntei como ela sabia meu nome”, contou. Nada fazia sentido: onde estavam seus anos? O que aconteceu com suas lembranças?
Os profissionais afirmaram para Luciano e sua família que a perda de memória era comum e iria passar. Contudo, cinco anos após receber alta, o idoso não consegue se lembrar de nada.
Nova vida
Após o choque de realidade, a adaptação não tem sido fácil para Luciano. Ele precisou redescobrir o mundo moderno cheio de novidades que em sua época não existia: smartphones, internet, redes sociais, entre outros.
Ele teve de aprender a amar novamente sua esposa e, ainda, a reconhecer seu próprio filho, que já havia vivido uma vida inteira sem o pai.
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Hoje, aos 68 anos de idade, Luciano trabalha como zelador em uma escola. Entre crianças, o idoso encontrou a alegria e uma sensação de normalidade. As conversas com elas e seus pais trazem a ele um alívio. Ou seja, uma oportunidade de se conectar com o presente sem tanta dor.
Com acompanhamento psicológico, Luciano tenta reconstruir sua vida e aceitar que as memórias do passado não voltem a atormenta-lo. Por fim, ele busca recompor o tempo perdido e abraçar a vida que lhe resta.
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