As relações comerciais entre China e Brasil são antigas e começaram a se fortalecer no final dos anos de 1999, fazendo com que o país se tornasse o maior parceiro comercial do Brasil atualmente.
Nesta quarta-feira (20), o presidente da China, Xi Jinping esteve em visita ao país e foi recebido pelo presidente Lula e pela primeira-dama Janja Silva, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Em reunião de portas fechadas, as autoridades se reuniram junto a ministros de estado e os países assinaram 37 novos acordos bilaterais. Em declaração à imprensa, Lula disse que os atos assinados abrangem áreas como agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.
Em seu discurso na cerimônia de assinatura de acordos, o presidente Lula destacou a parceria comercial entre Brasil e China. "Apesar de distantes na geografia, há meio século China e Brasil cultivam uma amizade estratégica, baseada em interesses compartilhados e visões de mundo próximas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro", disse Lula.
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Lula enfatizou ainda que o país é um dos principais investidores do país, com empresas chinesas atuando em diversos setores.
"O país também figura como uma das principais origens de investimentos no Brasil. Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China", acrescentou.
Em declaração à imprensa, o presidente chinês reforçou os investimentos em áreas prioritárias, como economia, comércio e também proteção ambiental.
"Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias como economia, comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E reforçar a cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde", afirmou.
A visita, segundo o governo brasileiro ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China e acontece após uma sequência de visitas que Lula fez à China em 2023.
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