Os conflitos na Síria continuam em evolução, mais ainda após o fim do governo Assad, enquanto os EUA buscam garantir que os arsenais remanescentes não se transformem em uma ameaça adicional em meio à instabilidade no país.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (9) que está atuando com parceiros locais na Síria para garantir que armas químicas do regime deposto de Bashar al-Assad não sejam usadas de forma indevida. A declaração foi dada pela vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
“Estamos focados na questão das armas químicas”, afirmou Singh durante uma coletiva de imprensa. Segundo ela, o objetivo é evitar que essas armas sejam utilizadas contra civis, forças norte-americanas ou aliados na região.
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No entanto, Singh não forneceu informações detalhadas sobre o tamanho ou a localização do estoque de armas químicas na Síria. A porta-voz também negou que as forças dos EUA estejam diretamente envolvidas em operações de busca por esses materiais e se recusou a comentar se há cooperação de inteligência com outros grupos na região.
“Temos experiência nesse tema e estamos trabalhando por meio de nossos parceiros locais para garantir a segurança dessas armas”, acrescentou Singh.
Um alto funcionário do governo Biden reforçou, no domingo (8), que a segurança em torno de armas químicas remanescentes na Síria é uma “prioridade máxima” para os EUA. A queda rápida do regime de Assad no fim de semana, descrita como “um ato fundamental de justiça” por Singh, não alterou a postura dos cerca de 900 militares norte-americanos ainda presentes no território sírio.
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O governo dos EUA afirmou que não houve comunicação direta com o grupo rebelde Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), que desempenhou papel central na derrubada do regime. Ainda assim, Singh mencionou que Washington utiliza intermediários para transmitir mensagens ao HTS e outros grupos.
Paralelamente, os EUA mantêm diálogo com a Rússia por meio de uma linha de comunicação estabelecida na Síria, conforme relatado por um oficial norte-americano à CNN. Embora o conteúdo específico dessas conversas não tenha sido revelado, a fuga de Assad e sua família para a Rússia, aliada histórica do regime sírio, levanta novas questões sobre a estabilidade regional.
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