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MUDANÇA CLIMÁTICA

Hiena malhada ressurge no Egito após 5 mil anos de extinção

Descubra a surpreendente reaparição da hiena-malhada no Egito após 5 mil anos e como mudanças climáticas podem ter influenciado sua migração.

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Imagem ilustrativa da notícia Hiena malhada ressurge no Egito após 5 mil anos de extinção camera Hiena-malhada (Crocuta crocuta) foi extinta no Egito há mais de 5 mil anos | Reprodução

Apesar de ser um dos animais carnívoros no continente africano, a hiena-malhada (Crocuta crocuta) foi extinta no Egito há mais de 5 mil anos. Todavia, em fevereiro do ano passado, após cinco milênios, um indivíduo da espécie apareceu morta na área de proteção Elba, no sudeste do país, perto da fronteira com o Sudão.

O animal teria matado duas cabras no vilarejo de Wadi Yahmib antes de ser rastreada e abatida por moradores. Contudo, foram feitos vários registros do animal, que surpreenderam especialistas.

Registros da hiena-malhada encontrada no Egito
📷 Registros da hiena-malhada encontrada no Egito |Foto: Mammalia (2024)/De Gruyter Brill

“Minha primeira reação foi de descrença até que eu chequei as fotos e vídeos dos restos mortais”, revelou Abdullah Nagy, cientista da Universidade Al-Azhar, do Egito, e principal autor de um artigo científico que relata o acontecido. “Vendo as evidências, fiquei completamente surpreso. Era além de qualquer coisa que esperávamos encontrar no Egito.”

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A surpresa se deve à área mais próxima de ocorrência da espécie estar a 500 km ao norte, no Sudão, de onde essa hiena-malhada foi encontrada. A hipótese é que o aumento do período de chuvas e o crescimento de vegetação teriam aberto um novo corredor migratório para a espécie.

Pesquisadores também sugerem que um fenômeno climático conhecido como Active Red Sea Trough ("Depressão Ativa do Mar Vermelho", em tradução livre) pode ter contribuído para a migração do animal.

Para comprovar essa suposição, eles fizeram uma série de análises com dados climáticos e imagens de satélites, entre 1984 e 2022, que apontaram nos últimos cinco anos foi realmente observada uma taxa mais alta de crescimento da vegetação na região, que seria de abrigo para presas, alvos da hiena-malhada.

“O fato de que a área do corredor se tornou menos agressiva ambientalmente, oferecendo passagem mais fácil pela ‘estrada’, pode explicar como a hiena chegou tão ao norte”, acredita Nagy. “No entanto, a motivação para sua longa jornada para o Egito ainda é um mistério que exige mais pesquisas.”

A descoberta mostra ainda como as mudanças no clima do planeta podem afetar a migração de diversas espécies.

As hienas costumam atacar e se deslocar em grupo, podendo percorrer distâncias de mais de 25 km por dia. Com uma capacidade de adaptação, elas são observadas em diferentes habitats, como: florestas mistas e savanas, também sobrevivem em desertos da África Subsaariana.

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