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Após massacre na Síria, EUA e Rússia solicitam reunião da ONU

Novo governo sírio foi acusado por organizações de direitos humanos de assassinar centenas de pessoas de minoria alauíta

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Imagem ilustrativa da notícia Após massacre na Síria, EUA e Rússia solicitam reunião da ONU camera Governo afirma que ataques foram para reprimir levante de aliados de Bashar Al-Assad | Divulgação/SANA (Agência de Notícias Árabe Síria)

Os Estados Unidos e a Rússia solicitaram, neste domingo (9), que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúna a portas fechadas na segunda-feira (10) devido à intensificação da violência na Síria, conforme informaram diplomatas.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR, na sigla em inglês) — organização com sede no Reino Unido que monitora os eventos na Síria — relatou que cerca de 745 civis foram mortos em cerca de 30 massacres contra alauítas na sexta-feira (07) e no sábado (08). O grupo é aliado do ex-ditador Bashar al-Assad.

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As organizações de direitos humanos acusam as forças de segurança do novo governo sírio de matar centenas de pessoas da minoria alauíta (grupo que apoia o ex-ditador, deposto em dezembro). O governo, por outro lado, afirma que os ataques foram causados por um levante de remanescentes do regime do ditador.

Os alauítas refutam essa versão do governo, alegando que têm sido perseguidos por sunitas radicais que tomaram o poder em dezembro passado e que são vistos por esses radicais como "hereges". O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu às autoridades sírias que responsabilizem os "terroristas islâmicos radicais".

"Os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias", afirmou o secretário, em um comunicado.

No Reino Unido, o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, também se pronunciou, dizendo que os relatos de mortes em massa de civis nas regiões costeiras da Síria são “horríveis” e pediu às autoridades de Damasco que assegurem a proteção de todos os sírios contra a violência.

“As autoridades de Damasco devem garantir a proteção de todos os sírios e estabelecer um caminho claro para a justiça transicional”, afirmou Lammy em uma breve declaração nas redes sociais.

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