
O papa Francisco passou, recentemente, pelo maior período de hospitalização desde que assumiu o principal posto da igreja católica, em 2013, e esteve próximo da morte, segundo afirmou a equipe médica que acompanhou o pontífice.
Segundo o chefe da equipe médica responsável, Sergio Alfieri, o Papa Francisco enfrentou um momento de saúde tão crítico durante sua recente internação, de 38 dias, por pneumonia, que a equipe considerou interromper o tratamento para permitir que ele falecesse em paz.
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Após uma crise respiratória severa em 28 de fevereiro, na qual o Papa quase se engasgou com vômito, Alfieri relatou que "havia um risco real de que ele não sobrevivesse". A equipe médica se viu diante de uma difícil decisão.
"Tivemos que escolher se pararíamos por ali e o deixaríamos ir, ou se iríamos em frente e o forçaríamos com todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo maior risco de danificar outros órgãos", explicou Alfieri.
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A decisão de seguir em frente com o tratamento foi tomada após uma intervenção do enfermeiro pessoal do Papa, Massimiliano Strappetti, que instruiu a equipe a "tentar de tudo; não desistir".
Alfieri destacou que, durante dias, houve risco de danos aos rins e à medula óssea do pontífice, mas a equipe persistiu, e o corpo de Francisco respondeu aos medicamentos, resultando na diminuição da infecção pulmonar.
Retorno emocionante, mas com cuidados
O Papa Francisco, de 88 anos, retornou ao Vaticano no domingo (23), após o que foi considerado a crise de saúde mais grave de seus 12 anos de papado. Ele havia sido internado em 14 de fevereiro devido a uma bronquite que evoluiu para pneumonia dupla, uma condição particularmente séria devido a um histórico de pleurisia e remoção parcial de um pulmão na juventude.
O Vaticano forneceu muitos detalhes sobre a condição do Papa durante sua estadia no hospital, que incluiu quatro "crises respiratórias" envolvendo ataques graves de tosse causados por constrições nas vias aéreas, semelhantes a ataques de asma.
A primeira aparição pública do Papa após a internação, quando ele saudou simpatizantes da varanda do hospital, foi um momento particularmente emocionante para o Dr. Alfieri.
"Eu o vi sair do quarto no 10º andar do Gemelli vestido de branco. Foi a emoção de ver o homem se tornar novamente o Papa", disse o médico.
Espera-se que o Papa Francisco necessite de mais dois meses de repouso para se recuperar completamente.
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