
O Papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, não foi apenas o primeiro pontífice latino-americano da história, sua trajetória pessoal guarda uma série de episódios inusitados, emocionantes e reveladores.
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Elas vão de namoradas antes da batina a desentendimentos com políticos, que fizera o Pontífice viver intensamente antes e depois de assumir o trono de Pedro. Veja sete dessas situações abaixo:
Namoradas e paixões no caminho da fé
Na autobiografia “Vida: Minha História Através da História”, escrita com o vaticanista Fabio Marchese Ragona, Francisco revela que viveu um romance antes de seguir a vida religiosa. “Era uma menina muito doce, do mundo do cinema. Depois se casou e teve filhos”, disse, sem citar nomes.
Já no seminário, uma nova paixão quase o desviou da vocação: “Fiquei encantado por uma garota no casamento de um tio. Foi difícil até rezar por uma semana. Depois passou, e segui com minha missão.”
Entre a vida e a morte aos 21 anos
Em 1957, aos 21 anos, Francisco enfrentou uma grave infecção pulmonar que quase o levou à morte. “Minha febre não baixava, fui levado ao hospital e tiraram um litro de líquido dos meus pulmões”, contou. Ele credita sua recuperação a uma freira, irmã Cornelia Caraglio, que ajustou a dose de penicilina que salvou sua vida.
A recuperação foi longa, e ele chegou a se preparar para morrer. “Rezava e pensava no que poderia acontecer comigo”, lembra no livro.
Pulmão retirado
No mesmo ano da infecção, ele teve o lobo superior do pulmão direito removido, devido à formação de três cistos. A intervenção cirúrgica foi com as melhores técnicas da época.
Tentativa de tirá-lo do conclave
Décadas depois, esse detalhe quase o tirou da disputa pelo papado. No conclave de 2013, o cardeal espanhol Santos Abril y Castelló o interrogou sobre sua saúde, insinuando uma manobra para barrar sua escolha.
O nome “Francisco” e o cardeal brasileiro
A inspiração para seu nome veio de Dom Cláudio Hummes, cardeal brasileiro que o apoiou durante o conclave. Após a eleição, Hummes o abraçou e disse: “Nunca se esqueça dos pobres”. Bergoglio, tocado, decidiu homenagear São Francisco de Assis.
Expulso do vestiário
Antes de se tornar papa, o torcedor fanático do San Lorenzo foi expulso do vestiário do time em 1998. O técnico Alfio Basile, recém-contratado, não o reconheceu e o barrou antes de uma partida. “Eu nem sabia quem ele era. Só queria mudar a sorte do time”, disse Basile, anos depois, ao descobrir quem havia dispensado.
Tensões com os Kirchner
Durante os mandatos de Néstor e Cristina Kirchner na Argentina, Bergoglio foi um dos principais opositores à legalização do casamento igualitário. Em carta enviada às freiras carmelitas, classificou a medida como uma tentativa de “destruir o plano de Deus”.
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Mesmo assim, Cristina Kirchner foi à sua consagração em Roma em 2013 e se encontrou com o papa sete vezes. Ela relata que os dois mantinham uma disputa silenciosa desde os tempos em que a sede do governo e a Catedral de Buenos Aires estavam separadas apenas por 350 metros — e ninguém cedia a atravessar a Praça de Maio para um encontro.
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