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ACORDO DE PAZ

Putin propõe e Zelenski aceita encontro na Turquia para negociação de paz

Encontro pode marcar reviravolta no conflito no Leste Europeu

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Imagem ilustrativa da notícia Putin propõe e Zelenski aceita encontro na Turquia para negociação de paz camera Após anos de guerra, Zelenski aceita negociar com Putin e abre caminho para possível cessar-fogo na Ucrânia | (Kremlin)/(RS/Via Fotos Públicas)

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, aceitou a proposta que seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, fez mais cedo neste domingo (11) de negociar a paz na guerra no Leste Europeu em conversas realizadas na Turquia.

É o mais perto que os líderes já chegaram de um acordo desde quando Putin invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, e desencadeou o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962.

"Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta, em Istambul", disse Putin em um comunicado televisionado do Kremlin, na madrugada de domingo (noite de sábado no Brasil). Apesar do avanço, o presidente russo ofereceu poucas concessões até o momento, e, agora, afirma que as possíveis conversas devem ser realizadas sem pré-condições.

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"Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e a seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, não pelos interesses de seus povos", disse ele mais tarde ao agradecer à China, ao Brasil, aos países africanos e do Oriente Médio e aos EUA por seus esforços de mediação.

A confirmação de Zelenski veio após pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um primeiro momento, o republicano celebrou a proposta. "Um dia potencialmente grandioso para a Rússia e a Ucrânia!", escreveu em sua rede social, a Truth Social.

Em seguida, afirmou que estava começando a duvidar da Ucrânia. "O presidente russo, Putin, não quer um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, mas sim se reunir na quinta-feira, na Turquia, para negociar um possível fim do banho de sangue", disse ele.

Antes de aceitar, Zelenski afirmou pela rede social X que o aceno era um sinal de que os russos começaram a considerar o fim do conflito, mas que, para isso, era preciso garantir "o primeiro passo para realmente acabar com qualquer guerra" —uma trégua. "Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo total, duradouro e confiável a partir de amanhã, 12 de maio", disse.

A demanda é encampada por representantes de grandes potências europeias, que exigiram um cessar-fogo incondicional de 30 dias sob o risco de novas sanções à Rússia durante um encontro com Zelenski em Kiev na véspera. O grupo inclui o presidente da França, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, da Polônia, Donald Tusk, e do Reino Unido, Keir Starmer.

Ao confirmar sua presença em Istambul, Zelenski reforçou o pedido. "Não faz sentido prolongar os assassinatos. Estarei esperando por Putin na Turquia na quinta. Pessoalmente, espero que desta vez os russos não procurem desculpas", escreveu no X.

Ao comentar a questão neste domingo, após retornar da Ucrânia, Macron afirmou que a proposta de Putin "é um primeiro passo, mas não é suficiente". "Um cessar-fogo incondicional não é precedido por negociações, por definição", afirmou a jornalistas.

Em seu discurso da manhã no Kremlin, Putin rejeitou o que chamou de ultimatos vindos de potências europeias. Segundo ele, a Rússia já havia proposto diversas tréguas, incluindo uma na Páscoa e, mais recentemente, uma de 72 horas para as celebrações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.

A desconfiança entre as duas partes paira mesmo durante esses acordos. Neste domingo, Putin afirmou que a Ucrânia atacou a Rússia com 524 drones aéreos, 45 drones marítimos e vários mísseis ocidentais durante a última trégua concluída no sábado, determinada unilateralmente por Moscou.

Segundo a agência de notícias estatal Tass, o Ministério da Defesa russo afirmou, também neste domingo, que a Ucrânia teria violado a trégua de três dias mais de 14 mil vezes e que as tropas de Kiev teriam feito cinco tentativas de romper a fronteira sul da Rússia.

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As acusações acontecem também por parte da Ucrânia. Kiev não relatou nenhum lançamento de mísseis russos de longo alcance contra suas cidades nos últimos dias, mas acusa Moscou de centenas de violações na linha de frente.

Apesar do apelo de Putin, a Rússia lançou neste domingo um ataque com drones contra Kiev e outras regiões da Ucrânia, ferindo uma pessoa nos arredores da capital e danificando várias residências, segundo autoridades locais.

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