
Miguel Uribe, um senador de direita e pré-candidato à Presidência da Colômbia nas eleições previstas para maio de 2026, foi baleado neste sábado (7) em Bogotá, segundo um comunicado do governo.
Vídeos divulgado nas redes sociais mostram o político de 39 anos fazendo um discurso diante de várias pessoas quando se ouvem disparos. Em outra imagem, ele aparece deitado sobre um veículo, com o corpo ensanguentado, sendo amparado por um grupo de homens, que parecem tentar estancar um sangramento em sua cabeça.
🔴 URGENTE
— Jenni La Morena (@JenniferBa30059) June 8, 2025
En las redes sociales han aparecido imágenes del momento exacto del intento de asesinato del senador y precandidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay, en Bogotá.
❗VER AQUI#migueluribe #bogota #colombia #senador pic.twitter.com/Vq1SS6KBjQ
El senador y precandidato presidencial Miguel Uribe fue herido con arma de fuego en medio de un evento de simpatizantes en la localidad de Fontibón, en Bogotá. La noticia fue confirmada por su equipo de campaña y desde el Centro Democrático. pic.twitter.com/3Jfup3JGud
— X Post 1A (@XPost1A) June 7, 2025
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O prefeito de Bogotá, Carlos Galán, informou que Uribe estava "sendo atendido em caráter de urgência" por equipes médicas. Disse ainda que o responsável pelos disparos havia sido preso.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, condenou o atentado e anunciou na rede social X uma recompensa de cerca de US$ 700 mil por informações que levem à captura dos responsáveis. A cúpula das Forças Armadas e da Polícia realiza uma reunião para "traçar a estratégia para lidar com essa situação", afirmou o ministro.
Segundo o jornal El País, Uribe foi levado com rapidez a uma clínica da capital, e os relatos indicavam que o político estava em estado grave.
Uribe é filiado ao partido Centro Democrático, liderado pelo influente ex-presidente Álvaro Uribe, que governou o país entre 2002 e 2018. Em outubro passado, ele anunciou sua intenção de concorrer à Presidência em 2026 para suceder Petro, de quem é um crítico ferrenho.
Em maio, o portal La Silla Vacía compilou oito pesquisas eleitorais, que indicavam Uribe como o 7º colocado nas intenções de voto, com 4,4% e empatado com Maria Fernanda Cabal, outra postulante do Centro Democrático.
Com formação acadêmica em direito, administração e políticas públicas, ele foi o vereador mais jovem a ser eleito em Bogotá. Na eleição ao Senado, obteve a maior votação na história do país. Defende bandeiras da segurança e da liberdade da Colômbia.
O governo de Gustavo Petro repudiou "de maneira categórica e contundente o atentado" contra Uribe, que participava de um ato de campanha na zona oeste da capital colombiana.
"Esse ato de violência é um ataque não apenas contra a integridade física do senador, mas também contra a democracia, a liberdade de pensamento e o exercício legítimo da política na Colômbia", diz o comunicado.
O próprio presidente também escreveu em seu perfil no X uma mensagem que indica que Uribe foi morto. "Colômbia e sua violência eterna. Querem matar o filho de uma mulher árabe em Bogotá, a quem já haviam assassinado, e não se deve matar no coração do mundo. Matam tanto o filho quanto a mãe", disse Petro, em referência ao fato de que a mãe do senador foi morta em um ato de violência.
"Minha solidariedade à família Uribe e à família Turbay. Não sei como aliviar a dor deles. É a dor de uma mãe e de uma pátria perdidas", completa o presidente.
O site oficial de Miguel Uribe diz que a mãe do senador, Diana Turbay, morreu "nas mãos do narcoterrorismo" e que o episódio o levou a entender "que sua missão era lutar por um país seguro, livre e em paz". Diana era jornalista, foi sequestrada em 1990 por Pablo Escobar e morta no ano seguinte. O senador também é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, que governou a Colômbia de 1978 a 1982.
"Atentaram contra uma esperança da pátria, contra um grande esposo, pai, filho, irmão, contra um grande colega de trabalho. Pedimos a Deus pela recuperação de Miguel. Confiamos nos médicos, nas Forças Armadas, na Justiça. Apelamos à reflexão da cidadania", escreveu Álvaro Uribe.
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O atentado contra Miguel Uribe também remete ao ocorrido contra outro político presidenciável na América do Sul, mas em Quito, no Equador. Em 9 de agosto de 2023, a 11 dias do primeiro turno, o candidato Fernando Villavicencio, foi vítima de um atentado a tiros após sair de um comício.
Ele foi baleado enquanto entrava em um carro e morreu pouco depois em um hospital. A facção Los Lobos reivindicou a autoria do ataque. O caso ganhou repercussão internacional e elevou o debate acerca da segurança pública e da violência política no Equador ao longo do pleito.
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