
Em pronunciamento de cerca de quatro minutos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o objetivo do ataque que colocou abertamente o país em guerra com o Irã era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear de Teerã e que Washington atacará outros alvos "com precisão, velocidade e habilidade", se o país persa não buscar a paz.
"As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completa e totalmente destruídas. O Irã, o valentão do Oriente Médio, deve agora fazer a paz. Se não o fizer, futuros ataques serão muito maiores e bem mais fáceis", afirmou Trump, na Casa Branca.
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Atrás dele, estavam o vice-presidente, J. D. Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
"Por 40 anos, o Irã tem dito: 'Morte à América, morte a Israel.' Nosso objetivo era a destruição da capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e a interrupção da ameaça nuclear representada pelo maior patrocinador estatal do terrorismo no mundo", disse, em declaração que repetiu pontos já adiantados por ele mesmo nas redes sociais.
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Nove dias depois de Israel iniciar o ataque contra o rival, Trump anunciou que bombardeiros americanos atacaram instalações do programa nuclear da teocracia neste sábado (21).
"Nós completamos nosso muito bem-sucedido ataque. Um complemento inteiro de bombas foi lançado no alvo primário, Fordow", escreveu o americano na rede Truth Social. "Nenhuma outra força armada do mundo poderia fazer isso. AGORA É TEMPO PARA A PAZ", escreveu, com as usuais maiúsculas.
Depois, replicou uma postagem que dizia: "Fordow já era". Esta é a primeira ação de grande porte dos EUA contra seu maior rival no Oriente Médio, que tornou-se uma hostil República Islâmica em 1979. Antes, houve diversos entrechoques pontuais.
Ele também afirmou que os iranianos deveriam aceitar um acordo agora, "ou nós iremos atacá-los de novo". Em pronunciamento posterior, ele disse que ou Teerã aceita a paz em seus termos, ou muitos outros alvos serão atingidos. "E será muito mais fácil", disse.
O ataque vinha sendo especulado desde o meio da semana, quando Trump deixou o distanciamento da ação israelense, inédita em seu escopo em 46 anos de rusgas com a República Islâmica. O americano chegou a ameaçar de morte o líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
Na quinta (19), disse que iria tomar sua decisão em duas semanas. Há pressão doméstica, de sua base política, que é contrária ao engajamento dos EUA naquilo que Trump chamava de "guerras inúteis". O prazo, como se viu, era uma cortina de fumaça.
Durante o pronunciamento, Trump lembrou do general Qassim Suleimani, assassinado por ataque americano durante o primeiro mandato do republicano. "Eles têm matado nosso povo, explodindo seus braços, explodindo suas pernas com bombas à beira da estrada. Em particular, muitos foram mortos pelo general deles, Qassim Suleimani.
Trump também agradeceu e parabenizou o primeiro-minsitro de Israel, Binyamin Netanyahu, que minutos mais cedo publicou declaração gravada em que diz que a ação dos EUA contra o Irã criou uma "inflexão na história".
Assista ao pronunciamento completo
Pronunciamento do presidente Trump após atace ao Irã : pic.twitter.com/zrZo1r4isP
— Edvaldo RReis (@edvaldorreis) June 22, 2025
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