
A dor da espera e a impotência de ver alguém que se ama em risco extremo e não poder fazer absolutamente nada. O desespero atravessa o oceano e alcança o coração da família de Juliana Marins, de 26 anos, que há mais de 38 horas luta pela própria vida em uma área remota do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Cada minuto parece um pesadelo interminável para quem está no Brasil, acompanhando à distância a angústia de uma jovem que pode estar machucada, com fome, frio e sozinha a milhares de quilômetros de casa.
Juliana caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros enquanto fazia uma trilha com uma empresa de turismo, no sábado (21), e desde então aguarda socorro. Embora autoridades locais e até a Embaixada do Brasil em Jacarta tenham afirmado que ela teria recebido comida, água e agasalho, a família contesta veementemente essas informações.
Em entrevista à imprensa neste domingo (22), a irmã da vítima, Mariana Marins, afirmou que as equipes de resgate sequer conseguiram alcançar Juliana até o momento. Segundo ela, as cordas utilizadas não tinham o comprimento suficiente e a baixa visibilidade na região também dificultou os trabalhos.
“O tempo está passando e ela está lá, sem nada. Não temos garantia de que está consciente, se está ferida gravemente… Só sabemos que está em um lugar de acesso extremamente difícil e que as tentativas de resgate ainda não foram eficazes”, disse Mariana.
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Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 do sábado, no horário local, quando turistas que passavam pelo local conseguiram registrar imagens com o auxílio de um drone. Nas filmagens, é possível vê-la cerca de 300 metros abaixo da trilha original, aparentemente imóvel. A queda teria ocorrido após um escorregão. Desde então, ela não foi mais vista.
Confira:
A família, aflita, clama agora pela mobilização de um helicóptero para facilitar o resgate, já que o acesso terrestre tem se mostrado inviável. O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre as informações atualizadas fornecidas pela família.
O sonho que virou pesadelo
Juliana está na Indonésia desde fevereiro, em um mochilão com o apoio de uma empresa de turismo. O sonho de viajar o mundo, no entanto, virou um pesadelo que expõe os riscos extremos de aventuras sem estrutura adequada, e o preço altíssimo que sonhos mal assistidos podem custar.
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