
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne neste domingo (22), em Nova York, em caráter emergencial, para discutir os recentes ataques realizados pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares localizadas no Irã. A convocação atende a um pedido formal do governo iraniano, que aponta violação da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, a solicitação busca responsabilizar os Estados Unidos pelas ações militares e obter uma condenação formal da comunidade internacional. A sessão tem início previsto para as 16h (horário de Brasília) e será transmitida pela TV oficial da ONU.
Esta é a terceira vez que o Irã solicita uma reunião do Conselho desde que confrontos se intensificaram na região. As reuniões anteriores não resultaram em resoluções ou declarações conjuntas.
Durante discurso realizado em Istambul, Araqchi afirmou que o país pretende utilizar todos os recursos disponíveis para garantir sua integridade territorial e segurança. Segundo ele, o ataque representa uma “linha vermelha” cruzada pelos Estados Unidos e afeta diretamente qualquer possibilidade de retomada do diálogo diplomático enquanto persistirem as ações militares de Washington e Tel Aviv.
Ainda segundo o chanceler, o Irã está avaliando formas de resposta e só pretende retomar negociações após a implementação de medidas consideradas proporcionais aos ataques sofridos. Araqchi anunciou também uma viagem à Rússia, onde se encontrará com o presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira (23), para discutir os desdobramentos da crise.
Além da ONU, o governo iraniano solicitou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convoque uma reunião para avaliar os impactos dos ataques em instalações nucleares classificadas pelo país como pacíficas e monitoradas pela agência.
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Na noite anterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a operação militar, afirmando que as principais instalações nucleares iranianas foram atingidas por bombas de alta potência. A ação foi coordenada com Israel, aumentando a tensão no Oriente Médio.
Em resposta, o Irã lançou uma série de mísseis contra Israel, atingindo edifícios em Tel Aviv e deixando dezenas de pessoas feridas. A escalada reacende preocupações internacionais sobre os riscos de um conflito regional de maiores proporções.
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