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CONFLITO NA EUROPA

Rússia intensifica ataques à Ucrânia após conversa com Trump

Rússia realiza o maior ataque aéreo na Ucrânia após conversa decepcionante entre Trump e Putin, com consequências devastadoras para Kiev.

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Imagem ilustrativa da notícia Rússia intensifica ataques à Ucrânia após conversa com Trump camera O ataque ocorreu na madrugada da última quinta-feira (3). | (Reprodução)

Horas após uma conversa que o presidente Donald Trump classificou como decepcionante com seu colega Vladimir Putin, a Rússia lançou o maior ataque aéreo da Guerra da Ucrânia, centrado na capital do país, Kiev.

Ela suportou quase oito horas de explosões, absorvendo a maior parte dos 550 mísseis e drones disparados contra o país ao longo desta madrugada de sexta (4). O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que Putin "humilhou publicamente" Trump.

O líder irá conversar com o americano nesta sexta. Assim que a ligação foi anunciada, na quinta (3), Trump e o russo logo se falaram, reiterando a noção de que a guinada pró-Kremlin da Casa Branca suplanta o queixume do republicano, que relatou não ter havido progresso e que estava "decepcionado com Putin".

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Questionado nesta sexta sobre a fala do americano, feita a repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, apenas disse que "prestamos muita atenção ao pronunciamentos de Trump".

Zelenski pediu para falar com Trump após os Estados Unidos terem anunciado, na quarta (2), a suspensão da entrega de preciosas remessas de mísseis para as seis baterias de sistemas antiaéreos americanos Patriot doadas a Kiev, além de modelos ar-ar para caças F-16 e bombas de precisão.

Segundo o Pentágono, o estoque dessas armas está perigosamente baixo. O problema para Zelenski é que os aliados europeus não têm capacidade de suprir o mesmo tipo de defesa, apesar de terem toda a boa vontade que Trump não demonstra.

A ação russa foi devastadora, mas menos mortífera do que a escala do ataque sugeriu, dado que ele foi feito principalmente com drones —539 deles, 268 dos quais foram abatidos. Já os mais perigosos mísseis balísticos foram 11, 2 dos quais interceptados segundo Kiev.

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Ao menos 23 pessoas ficaram feridas, e 14 foram hospitalizadas. Em 17 de junho, no mais mortal ataque à capital, 28 moradores morreram e 134 foram feridos.

Isso não reduz o terror do bombardeio, que provocou grandes incêndios e fez parte da população buscar abrigo em estações de metrô. As sirenes só pararam de soar às 9h (3h em Brasília), com grossas colunas de fumaça cobrindo boa parte da cidade.

A embaixada da Polônia, país que adota uma das linhas mais belicistas de toda a Europa contra a Rússia, foi levemente danificada. "Presidente Trump, Putin está zombando de seus esforços de paz", disse o chanceler do país, Radoslaw Sikorski.

"É preciso haver consequências, não um dia, mas agora. Sanções mais duras, entrega imediata de sistemas de defesa aérea. O Kremlin está observando a reação do mundo", disse Zelenski.

Outros ataques seguiram ao longo do dia, em particular um bombardeio com artilharia contra a cidade natal do presidente, Krivii Rih, que está agora ao alcance de lançadores de foguetes russos na linha de frente que avança na região de Dnipropetrovsk (centro-sul).

Houve também mais ganhos no leste do país, enquanto os ucranianos seguram a linha de defesa com poucas reservas no norte, em Sumi.

Em sua lista de objetivos para topar a paz entregue a Kiev, Moscou listou os 4 territórios que anexou ilegalmente em 2022, 3 dos quais não controla totalmente —Lugansk foi declarada totalmente russa só nesta semana. Mas Putin avança em outras frentes, levantando dúvidas acerca de suas reais intenções.

De forma algo paradoxal, ao mesmo tempo em que a violência corria solta nos céus ucranianos, com alguns revides contra alvos russos por drones de Kiev, os dois países promoveram mais uma rodada de troca de prisioneiros de guerra.

O número de cativos soltos não foi divulgado. As trocas são a única coisa concreta que emergiu até aqui das duas rodadas de conversas diretas entre os países, além da entrega de condições mutuamente excludentes para tentar a paz —a Rússia faz exigências territoriais, de neutralidade e até de uma eleição no vizinho, que só quer conversar após um cessar-fogo.

Já as conversas diretas entre delegações russas e americanas, resultado da mudança de política de Trump sobre a guerra, haviam sido congeladas, mas segundo o Kremlin serão retomadas.

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