
Uma crise aérea virou tragédia política em Moscou. O ex-ministro dos Transportes da Rússia, Roman Starovoit, foi encontrado morto nesta segunda-feira (7) em sua casa nos arredores da capital, poucas horas após ser demitido do cargo pelo presidente Vladimir Putin. Informações preliminares apontam que ele teria tirado a própria vida com uma arma de fogo.
A destituição ocorreu em meio à onda de ataques de drones ucranianos que provocou o colapso temporário de aeroportos nas principais cidades russas. Só nos últimos três dias, mais de 2 mil voos foram adiados e outros 485 cancelados, segundo a agência de transporte aéreo Rosaviatsia.
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A arma encontrada ao lado do corpo de Starovoit seria uma pistola oficial recebida como condecoração pelo Ministério do Interior em 2023. Ele estava em sua residência em Myakinino, na região metropolitana de Moscou, quando foi localizado sem vida.
A crise aérea atingiu especialmente Moscou e São Petersburgo, deixando milhares de passageiros retidos e pressionando outras formas de transporte. Com os bilhetes de trens de alta velocidade esgotados, o caos se espalhou pelas estações ferroviárias, elas também vêm sendo alvo de sabotagens e explosões atribuídas à Ucrânia.
Além das interrupções, o Ministério da Defesa russo informou que, entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, 91 drones ucranianos foram interceptados, sendo oito direcionados à capital. Ainda de acordo com a pasta, a ofensiva ucraniana utilizou mais de 200 drones em um único dia.
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No lugar de Starovoit, o Kremlin nomeou interinamente Andrei Nikitin, até então vice-ministro dos Transportes. A troca ocorre em um momento de alta tensão no setor logístico e de crescente instabilidade interna causada pela guerra.
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