
As tensões diplomáticas entre Estados Unidos e Venezuela voltaram a ganhar destaque nesta semana com o anúncio de um novo e expressivo aumento na recompensa oferecida pelo governo norte-americano por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro. A medida, divulgada pela DEA (Administração de Repressão às Drogas dos EUA), faz parte de uma escalada de pressões políticas, jurídicas e econômicas contra o presidente venezuelano, que segue no poder desde 2013.
Publicações em inglês e espanhol feitas nas redes sociais da DEA anunciaram, na segunda-feira (28), que a recompensa foi elevada de US\$ 10 milhões (cerca de R\$ 56 milhões) para US\$ 25 milhões (aproximadamente R\$ 140 milhões). O valor coloca Maduro entre os indivíduos mais procurados internacionalmente pelas autoridades dos Estados Unidos.
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O aumento da recompensa acontece poucos dias após Washington anunciar novas sanções econômicas contra o líder chavista e declarar, oficialmente, que "o regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela". A afirmação foi feita em nota pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio no domingo (27), exatamente um ano após a polêmica proclamação da reeleição de Maduro, que ainda é alvo de fortes questionamentos internacionais por supostas manipulações no sistema eleitoral do país.
As autoridades americanas acusam Nicolás Maduro de liderar uma rede de narcotráfico conhecida como "Cartel de Los Soles", supostamente formada por militares de alta patente venezuelanos. De acordo com a DEA, o grupo estaria envolvido, desde 1999, no envio sistemático de cocaína para os Estados Unidos e a Europa, utilizando a estrutura estatal para facilitar a operação.
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Maduro e outros 14 aliados passaram a ser formalmente procurados pelos EUA a partir de 2020, em um processo que mescla acusações criminais com disputas geopolíticas. A última atualização no valor da recompensa havia ocorrido em janeiro de 2025, pouco depois da posse de Maduro em um novo mandato resultante de uma eleição amplamente contestada por observadores internacionais.
A DEA informou que qualquer pessoa pode contribuir com pistas, de forma anônima, por meio de e-mail. A agência busca tanto a localização de Maduro quanto informações que possam ser usadas como prova judicial em possíveis processos criminais.
Ligada ao Departamento de Justiça dos EUA, a DEA atua no combate ao tráfico de drogas em escala global, e frequentemente oferece recompensas por figuras-chave do narcotráfico, mesmo que estejam fora do território americano.
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