
A ausência de um dos principais protagonistas das negociações climáticas internacionais promete marcar a COP 30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Os Estados Unidos, maior economia do mundo e historicamente um ator-chave nas conferências da ONU sobre clima, não devem participar oficialmente do evento.
A decisão foi consolidada após o governo Donald Trump fechar o Escritório de Mudança Global do Departamento de Estado, responsável por articular a política climática internacional norte-americana.
Conteúdo Relacionado
- Trump pode banir vistos para brasileiros na Copa do Mundo 2026
- Castanha-do-Pará e outros: veja produtos livres do tarifaço de Trump
Além do encerramento do órgão, todos os funcionários da área foram demitidos, deixando o país sem estrutura técnica ou diplomática para participar das negociações ambientais da ONU.
Recuo climático: dos compromissos à ausência total
A ruptura com os acordos climáticos não é recente. Em janeiro deste ano, os EUA já haviam formalizado a retirada do Acordo de Paris, tratado internacional considerado essencial no combate ao aquecimento global.
Agora, o afastamento se intensifica com a exclusão da COP 30, justamente quando o evento ocorre pela primeira vez na Amazônia brasileira, região estratégica para a preservação ambiental global.
Analistas alertam que a ausência americana representa um vácuo diplomático de difícil reposição. Tradicionalmente, os Estados Unidos não apenas lideram compromissos financeiros e tecnológicos, como também influenciam as metas e o ritmo das decisões multilaterais. Sem a presença da delegação oficial, a COP 30 pode enfrentar desafios adicionais para garantir consensos globais.
Tensão bilateral acirra isolamento
Além das medidas internas, o agravamento das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos sob os respectivos governos atuais contribuiu para o afastamento. O governo Trump já deixou claro que não pretende reverter essa decisão, descartando qualquer chance de reaproximação antes do evento.
Para o Brasil, país anfitrião da conferência, o gesto norte-americano representa um sinal político negativo, mas também um desafio diplomático: manter o protagonismo do evento e avançar em compromissos concretos mesmo diante da ausência de um dos seus principais atores históricos.
Quer saber mais de mundo? Acesse o nosso canal no WhatsApp
A COP 30 segue confirmada e deve reunir delegações de quase 200 países. Mas a cadeira vazia dos Estados Unidos será, inevitavelmente, um dos temas mais comentados nos corredores da conferência.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar