
Em entrevista ao canal norte-americano Fox News, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que pretende tomar o controle total da Faixa de Gaza.
Segundo o premiê, o objetivo é "entregar Gaza às força árabes", após o domínio da região. A entrevista foi divulgada nesta quinta-feira (07) e os conselheiros de Israel devem se reunir para decidir os próximos passos militares, 22 meses após a guerra.
Netanyahu declarou ainda que não pretende governar a Faixa de Gaza e disse que os planos de dominação total da área surgiram em conversas de bastidores, criando discordâncias entre governo e Exército, que temem que o Hamas execute reféns que ainda estão vivos. "Nós não queremos estar lá como um corpo de governo", concluiu.
A medida de Israel vai contra a pressão internacional por um cessar-fogo e foram reforçados por países como Inglaterra e França, que afirmaram que vão reconhecer o Estado da Palestina, caso Israel não aceite o acordo de trégua definitiva até setembro.
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O primeiro-ministro informou a conselheiros que pretende "derrotar totalmente" o Hamas com a conquista de Gaza. A imprensa israelense prevê que a operação duraria de quatro a cinco meses. "Nós queremos libertar nós mesmos e o povo de Gaza do horrível terror do Hamas", declarou.
Para conquistar totalmente a área, Israel quer deslocar a população para o Sul, incentivando as pessoas a deixarem a área, já que o local é densamente povoado.
Hamas diz que entregará comida a reféns se Israel abrir corredores humanitários
Netanyahu solicitou ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que forneça alimentos e cuidados médicos aos reféns mantidos em Gaza. Em troca disso, o Hamas exigiu a abertura de "corredores humanitários" em troca.
O fato se deu após o grupo islâmico exibir um vídeo mostrando três vídeos em que dois reféns israelenses estão magros ao extremo, acendendo o debate sobre a necessidade imediata do cessar-fogo.
Netanyahu "conversou com o chefe da delegação do CICV em nossa região, Julian Larison", e "solicitou seu envolvimento no fornecimento de alimentos aos nossos reféns e no fornecimento imediato de cuidados médicos", afirmou seu gabinete em um comunicado.
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