plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
RELAÇÕES INTERNACIONAIS

China sugere açaí para abertura de portas de exportações do Brasil

Em meio a tarifas dos EUA, China intensifica cooperação comercial com o Brasil e destaca produtos como açaí e carne

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia China sugere açaí para abertura de portas de exportações do Brasil camera Parceria estratégica cresce com apoio mútuo e campanhas de marketing em produtos como café e açaí, enquanto comércio bilateral se fortalece frente a barreiras dos EUA. | Ricardo Stuckert/PR/Reprodução

A China está cada vez mais interessada em diversificar as importações e ampliar o comércio com o Brasil. A parceria entre eles só fez se intensificar após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, em maio deste ano. Recentemente, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos (ApexBrasil) tem aumentando as campanhas de marketing, destacando produtos como o café, que ganhou visibilidade nas redes de cafeterias Luckin, e o açaí, promovido na famosa rede de sorveterias Mixue.

Nos últimos dias, a Embaixada da China também tem se empenhado em divulgar outros itens brasileiros, com destaque para a carne, que também se encontra em processo de habilitação para exportação. A China se mostrou disposta a abrir ainda mais o mercado para o Brasil, principalmente via comércio eletrônico, considerado uma ponte estratégica para a ampliação das exportações. Em postagens nas redes sociais, a Embaixada chegou a brincar com o cenário: "Churrasco na China? Sim, meus amigos!", sugerindo rodízios de carne em Pequim, Xangai e Shenzhen.

Em paralelo, a Embaixada da China também tem realizado esforços para ensinar produtores brasileiros a vender os produtos online e participar de feiras de negócios. Um exemplo disso é a feira que ocorrerá em Xiamen, no próximo mês, onde os exportadores brasileiros terão a chance de se conectar com novos parceiros comerciais.

Conteúdos relacionados:

Tarifaço dos EUA e alternativas para o Brasil

Este movimento da China ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre parte das exportações brasileiras. Desde a última quarta-feira (06), entrou em vigor uma nova sobretaxa de 50% sobre produtos como café, carne e frutas, o que representa cerca de 36% das exportações brasileiras destinadas ao mercado norte-americano. A medida foi implementada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como parte de uma estratégia de retaliação a políticas brasileiras, além de uma tentativa de equilibrar a balança comercial entre os dois países.

A decisão de Trump faz parte de uma ofensiva mais ampla contra parceiros comerciais dos EUA, buscando enfrentar a crescente competitividade da China. No entanto, muitos produtos brasileiros ficaram de fora da nova tarifa, incluindo itens como suco e polpa de laranja, combustíveis e minérios, o que abre novas possibilidades de negócios com mercados alternativos, como o chinês.

Em resposta a essa pressão externa, a China se posiciona como uma alternativa estratégica para o Brasil. Em conversa recente entre Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, e o chanceler chinês Wang Yi, ficou claro que ambos os países estão comprometidos em fortalecer ainda mais os laços econômicos, com ênfase na cooperação dentro do bloco BRICS.

"A China apoia firmemente o Brasil na defesa do seu direito ao desenvolvimento e se opôs às práticas comerciais intimidatórias", afirmou Wang, referindo-se às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Diante desse cenário, o Brasil continua a buscar alternativas comerciais para diversificar as exportações, com foco crescente no mercado chinês, que já é responsável por uma parte significativa das exportações brasileiras.

Reforço nas relações estratégicas

Amorim e Wang também discutiram a importância de manter o alto nível de contato diplomático, incluindo a organização de futuras conversas entre os presidentes Lula e Xi Jinping. Além disso, o Brasil mostrou interesse em estreitar os laços com a Índia, especialmente diante da reaproximação entre as duas potências asiáticas. A cooperação entre os países membros do BRICS se mostra cada vez mais crucial para o fortalecimento do bloco, que tem se consolidado como um importante contraponto à crescente hegemonia dos Estados Unidos no cenário global.

Quer mais notícias do Brasil e do mundo? Acesse o nosso canal no WhatsApp!

Com as tensões comerciais e as tarifas elevadas dos EUA, o Brasil está investindo em novas parcerias estratégicas com a China, que se apresenta como um parceiro comercial cada vez mais relevante. Embora o mercado brasileiro continue dependente de produtos como minério de ferro, soja e petróleo, o crescente interesse por outros produtos, como o café e o açaí, pode ser um ponto de virada na diversificação das exportações brasileiras, com potencial para gerar novos fluxos de negócios e investimentos entre os dois países.

A diversificação das exportações brasileiras para a China, impulsionada por um cenário de tarifas americanas mais altas, representa uma oportunidade para o Brasil expandir as relações comerciais e reduzir a dependência do mercado dos Estados Unidos. Com uma estratégia bem definida e uma maior cooperação com os países do BRICS, o Brasil pode não apenas recuperar terreno perdido nas exportações para os EUA, mas também consolidar uma posição como um player global no comércio de alimentos e produtos naturais.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Mundo Notícias

    Leia mais notícias de Mundo Notícias. Clique aqui!

    Últimas Notícias