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LIBERDADE DE EXPRESSÃO

ABC tira do ar Jimmy Kimmel após comentários sobre assassinato de Kirk

Talk show noturno é suspenso por tempo indeterminado, enquanto celebridades e políticos se dividem entre críticas e comemorações.

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Imagem ilustrativa da notícia ABC tira do ar Jimmy Kimmel após comentários sobre assassinato de Kirk camera Jimmy Kimmel durante apresentação do "Jimmy Kimmel Live!", seu talk show noturno na ABC. | Reprodução/ABC

No meio da rotina de gravações e aplausos gravados, um silêncio inesperado tomou conta do estúdio da ABC em Los Angeles. O público que chegava para assistir às gravações do programa noturno de Jimmy Kimmel encontrou portas fechadas e uma sensação de perplexidade: o apresentador, conhecido por seu humor ácido e críticas políticas, foi retirado do ar por tempo indeterminado.

A rede americana de televisão ABC anunciou oficialmente a suspensão de Kimmel e de seu talk show. "Jimmy Kimmel Live! será suspenso por tempo indeterminado", disse um porta-voz da ABC, pertencente ao grupo Disney. A decisão vem após comentários do apresentador sobre o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk.

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O apresentador lidera o Jimmy Kimmel Live!, um talk show noturno exibido nos Estados Unidos que mistura entrevistas com celebridades e monólogos bem-humorados sobre os acontecimentos da semana, tudo diante de uma plateia. Apesar de sugerir transmissão ao vivo no título, o programa é gravado previamente.

No ar desde 2003, o programa é o segundo talk show com maior longevidade apresentado pelo mesmo anfitrião na história da televisão americana, ficando atrás apenas do The Tonight Show Starring Johnny Carson, transmitido de 1962 a 1992.

"GANGUE MAGA"

No início da semana, Kimmel afirmou em seu monólogo de abertura do programa: "A gangue MAGA está tentando desesperadamente caracterizar esse garoto que assassinou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e fazendo tudo o que pode para ganhar pontos políticos com isso." Ele também criticou as bandeiras hasteadas a meio mastro e ironizou a reação de Donald Trump: "Não é assim que um adulto lamenta o assassinato de alguém que ele chama de amigo. É assim que uma criança de quatro anos lamenta a morte de um peixinho dourado."

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REAÇÕES DE TRUMP, PÚBLICO E CELEBRIDADES

No mesmo dia do ataque a Kirk, Kimmel utilizou seu Instagram para condenar o ocorrido e enviar "amor" à família do ativista de 31 anos. Após a suspensão ser anunciada, Trump celebrou a medida: "O programa Jimmy Kimmel Show, com seus índices de audiência sob pressão, foi CANCELADO. Parabéns à ABC por finalmente ter a coragem de fazer o que precisava ser feito."

A reação do público presente no estúdio e de celebridades de Hollywood foi diversa. Janna Blackwell, que estava na fila para assistir ao programa, comentou: "Isso está ficando ridículo e estúpido. Liberdade de expressão. Ele compartilhou sua opinião e está sendo cancelado. Para mim, isso é bizarro." Do lado de fora do estúdio, um grupo realizou um pequeno protesto exibindo uma placa com a frase: "Trump precisa ir embora agora". Entre as vozes de apoio a Kimmel estão Ben Stiller, Jean Smart, Jamie Lee Curtis, John Legend e Alison Brie, que criticaram a decisão como um ataque à liberdade de expressão.

PRESSÃO GOVERNAMENTAL

A Nexstar Media, uma das maiores proprietárias de emissoras nos EUA, anunciou que não transmitiria o programa "no futuro próximo", considerando os comentários de Kimmel "ofensivos e insensíveis em um momento crítico do nosso discurso político nacional". "[Nós] não acreditamos que eles reflitam o espectro de opiniões, pontos de vista ou valores das comunidades locais nas quais estamos localizados", declarou Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar.

O presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, nomeado por Trump, elogiou a decisão e pediu medidas mais duras. "[As emissoras] têm uma licença concedida por nós na FCC, e isso traz consigo a obrigação de operar no interesse público", disse. Ele sugeriu que um pedido de desculpas de Kimmel seria "uma medida mínima e muito razoável". Por outro lado, a democrata Anna Gomez defendeu que a violência política não deve servir de justificativa para censura.

SINDICATO APOIA JIMMY KIMMEL

O sindicato de roteiristas e atores de Hollywood também se posicionou. O Writers Guild of America caracterizou a decisão de tirar Kimmel do ar como uma violação dos direitos constitucionais de liberdade de expressão: "Vergonha para aqueles no governo que se esquecem dessa verdade fundamental", enquanto o Sag-Aftra criticou a suspensão como "o tipo de repressão e retaliação que coloca em risco as liberdades de todos".

Fontes internas da ABC informaram que Kimmel não foi demitido e que conversas internas sobre seu retorno ao ar devem ocorrer em breve, incluindo orientações sobre o que poderá ou não ser dito nos próximos episódios.

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