
O sonho de viver uma vida a dois recebendo o sacramento do matrimônio é uma meta para diversos casais. Porém, algumas regras devem ser seguidas neste momento religioso.
Casar na Igreja Católica passará a exigir mais atenção dos noivos diante das novas diretrizes divulgadas por dioceses em diversos países. Entre as principais mudanças, está a limitação do número de padrinhos e madrinhas: cada cerimônia poderá ter no máximo oito casais.
Segundo autoridades eclesiásticas, o objetivo das novas orientações é resgatar o caráter litúrgico e espiritual do matrimônio, evitando o que a Igreja considera excessos de natureza “social” ou “cenográfica”. Representantes da Pastoral Familiar explicam que o descumprimento de algumas dessas regras pode, inclusive, levar à anulação do casamento religioso.
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O que muda nas cerimônias
As normas detalham ajustes que buscam simplificar as celebrações e reforçar o sentido sagrado do sacramento.
Entre as principais determinações estão:
- Máximo de oito casais de padrinhos;
- Limitação a quatro arranjos florais;
- Proibição de espelhos, tapetes de vidro ou passarelas de madeira na decoração;
- Exigência de pontualidade.
Além disso, apenas músicas sacras serão permitidas durante o rito, enquanto canções populares poderão ser tocadas somente na saída dos noivos.
A Igreja também proibiu o uso de carrinhos elétricos, fantasias e encenações na entrada de damas e pajens. O curso de noivos continua obrigatório, embora possa ser realizado em outra paróquia. Durante a troca de votos, qualquer brincadeira, hesitação ou resposta fora do protocolo poderá invalidar o sacramento.
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Queda nos casamentos religiosos
As medidas são anunciadas em um contexto de queda expressiva no número de casamentos católicos. Dados do Centro de Pesquisas Aplicadas no Apostolado, da Georgetown University, indicam que o total de cerimônias caiu de 420 mil em 1970 para cerca de 154 mil nos últimos anos nos Estados Unidos — o menor índice desde 1965.
De acordo com o pesquisador Mark Gray, o declínio reflete transformações culturais e comportamentais. “Há uma mudança cultural significativa. Para muitos, casar-se na Igreja deixou de ser prioridade”, afirmou Gray à Catholic News Service. Entre os fatores apontados estão o aumento da coabitação, o crescimento dos casamentos civis e o afastamento dos jovens da vida religiosa.
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