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GUERRA EM GAZA

Israel e Hamas acusam um ao outro de quebrar "cessar-fogo"

Cessar-fogo na Faixa de Gaza rompido com ataques israelenses. Acusações entre Israel e Hamas aumentam, enquanto a reabertura da fronteira de Rafah é adiada.

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Imagem ilustrativa da notícia Israel e Hamas acusam um ao outro de quebrar "cessar-fogo" camera Divulgação/Médicos Sem Fronteiras

O frágil acordo de cessar-fogo que vigorava na Faixa de Gaza foi rompido neste domingo (19/10/2025), quando Israel lançou ataques aéreos em Rafah, no sul do enclave. O Exército israelense (IDF) acusou o Hamas de ser o responsável pela escalada da violência, alegando que o grupo militar palestino realizou "múltiplos ataques" contra as forças da IDF, configurando uma "violação flagrante" do acordo. Contudo, o Hamas negou veementemente a acusação, responsabilizando Tel Aviv pela quebra da trégua e acusando a ocupação de "violar o cessar-fogo".

A mídia israelense reportou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram ataques em Rafah, no sul de Gaza, quebrando o cessar-fogo no enclave. O Exército israelense acusou o Hamas de ter realizado "múltiplos ataques" contra a IDF na região, além da zona de segurança da "linha amarela".

O Times of Israel relatou a alegação israelense. “Agentes terroristas na Faixa de Gaza lançaram um ataque contra forças israelenses em Rafah, no sul de Gaza, levando as IDF a lançar ataques aéreos na área”, relatou o veículo.

Esses ataques ocorreram depois que, no sábado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos citou "relatórios confiáveis" que indicavam que o grupo militar palestino estaria se preparando para violar o acordo de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. Os EUA alertaram que um ataque planejado contra civis palestinos seria uma "violação direta e grave do acordo de cessar-fogo". O Departamento de Estado também avisou que se o Hamas prosseguisse com esse ataque, seriam “tomadas medidas para proteger o povo de Gaza e preservar a integridade do cessar-fogo”.

O Hamas, por sua vez, rejeitou as alegações dos EUA e pediu ao governo norte-americano que “pare de repetir a propaganda enganosa” de Israel.

O alto funcionário do Hamas, Izzat al-Risheq, emitiu um comunicado afirmando que o Hamas continua comprometido com o cessar-fogo e insiste que a culpa é israelense. “É a ocupação que continua a violar o cessar-fogo e a oferecer desculpas por seus crimes”, afirmou Izzat al-Risheq.

O funcionário do Hamas também acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ceder a pressões políticas. “A tentativa de Netanyahu de se esquivar de seus compromissos está acontecendo sob pressão de sua coalizão terrorista, enquanto ele busca escapar da responsabilidade dos mediadores”, acusou.

O grupo palestino argumentou que os fatos no terreno mostram o oposto da propaganda israelense. “Os fatos no terreno revelam exatamente o oposto, já que as autoridades de ocupação são as que formaram, armaram e financiaram gangues criminosas que realizaram assassinatos, sequestros, roubos de caminhões de ajuda humanitária e agressões contra civis palestinos”, argumentou o Hamas.

Reféns e Fronteira

O governo israelense e o Hamas têm trocado acusações sobre as violações do cessar-fogo mediado pelos EUA. Em meio às tensões, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou no sábado que a passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá fechada até novo aviso.

A reabertura dessa passagem estava prevista para este domingo. No entanto, Tel Aviv adiou a reabertura, fazendo-a depender da entrega dos corpos dos demais reféns.

Segundo o acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, o Hamas foi obrigado a libertar todos os reféns, vivos e mortos, que ainda mantinha em seu poder até 13 de outubro. O movimento islamita palestino libertou os últimos 20 reféns vivos a tempo, mas ainda devolveu apenas 12 dos 28 corpos que mantinha em seu poder, alegando que não tem acesso aos outros ou que é muito complicado para os recursos disponíveis.

Neste domingo, o Hamas entregou mais dois corpos de reféns israelenses mortos na Faixa de Gaza. Um dos corpos foi identificado pelas autoridades israelenses: Ronen Engel, de 54 anos, que residia no Kibbutz Nir Oz e havia sido sequestrado no ataque de 7 de outubro de 2023 junto com sua esposa e dois filhos (a família já havia sido libertada no primeiro acordo de troca de reféns).

O Exército israelense confirmou que informou a família sobre o retorno dos restos mortais. O Exército israelense disse ter “informado a família do refém Ronen Engel” sobre o retorno de seus restos mortais a Israel.

Um segundo corpo foi entregue pela Cruz Vermelha Internacional às forças de segurança israelenses em Gaza na noite de sábado e foi transferido para um centro forense para identificação. As autoridades israelenses ainda não anunciaram a identidade desse outro cadáver.

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