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Nicolas Sarkozy: ex-presidente francês inicia cumprimento de pena

Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, começa a cumprir pena de cinco anos por associação criminosa no caso Gaddafi. Entenda os detalhes dessa história.

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Imagem ilustrativa da notícia Nicolas Sarkozy: ex-presidente francês inicia cumprimento de pena camera Ex-presidente francês é o primeiro líder do país desde a Segunda Guerra a ser encarcerado; ele nega envolvimento em esquema com Gaddafi | Foto: Reprodução/Instagram

A prisão de figuras políticas de alto escalão é um evento raro na França moderna, mas o caso de Nicolas Sarkozy marca um divisor de águas na história recente do país. O ex-presidente francês, conhecido por seu estilo enérgico e mandato turbulento entre 2007 e 2012, tornou-se o primeiro líder da nação desde a Segunda Guerra Mundial a ser preso, reacendendo o debate sobre corrupção, impunidade e justiça no sistema político francês.

Sarkozy é preso em Paris e inicia cumprimento de pena

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, de 70 anos, começou nesta terça-feira (21) a cumprir uma pena de cinco anos de prisão por associação criminosa, no âmbito do chamado “caso Gaddafi”, que investiga um suposto esquema de financiamento ilegal de sua campanha presidencial de 2007 com recursos enviados pelo regime do ditador líbio Muammar Gaddafi.

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A detenção, marcada por forte aparato de segurança e pela presença de apoiadores em frente à sua casa em Paris, faz de Sarkozy o primeiro ex-chefe de Estado francês encarcerado desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Durante a manhã, apoiadores se reuniram diante da residência do ex-presidente, que se despediu da multidão ao lado da esposa, Carla Bruni, e de seus filhos. Em mensagem publicada nas redes sociais, ele voltou a afirmar sua inocência e classificou a decisão judicial como uma “vergonha”, dizendo ser “um homem inocente preso por vingança”.

Sarkozy foi levado para a prisão de La Santé, no bairro de Montparnasse, ao sul do rio Sena. Ele ocupará uma cela de 9 metros quadrados, equipada com banheiro, chuveiro e televisão, permanecendo em isolamento por motivos de segurança, já que o local abriga detentos por tráfico e terrorismo. O político poderá solicitar liberação provisória, mas deve aguardar decisão judicial em até dois meses.

O caso Gaddafi

As investigações, que se estendem há mais de dez anos, apontam que a campanha de Sarkozy em 2007 teria recebido milhões de euros em espécie enviados por intermediários de Gaddafi em troca de favores diplomáticos. Segundo o Ministério Público, Sarkozy teria se comprometido a melhorar a imagem do ditador junto ao Ocidente.

Embora tenha sido absolvido de receber pessoalmente o dinheiro, o ex-presidente foi condenado por associação criminosa, junto a dois ex-ministros, Brice Hortefeux e Claude Guéant, que também teriam participado de reuniões com representantes do regime líbio em 2005 para discutir o suposto repasse de fundos.

A defesa de Sarkozy entrou com recurso, o que mantém sua presunção de inocência até o julgamento final. No entanto, a Justiça determinou o início imediato da pena, alegando a “gravidade excepcional do crime”, que poderia abalar a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.

Antes de ser levado à prisão, Sarkozy foi recebido pelo atual presidente Emmanuel Macron, em um encontro descrito pelo Palácio do Eliseu como “um gesto humano de respeito a um antecessor”.

Na cela, o ex-presidente levou dois livros simbólicos: A Vida de Jesus, de Ernest Renan, e O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, a história de um homem preso injustamente que busca vingança.

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O último líder francês a ser preso havia sido Philippe Pétain, condenado por traição em 1945 por colaborar com o regime nazista. Antes dele, apenas Luís XVI, deposto e executado em 1793, havia enfrentado destino semelhante.

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