
Em uma cena digna de filme policial, o Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de um roubo audacioso no último domingo (19), resultando no furto de joias históricas avaliadas em cerca de US$ 102 milhões — o equivalente a R$ 550 milhões. Três dias após o crime, o museu reabriu suas portas ao público nesta quarta-feira (22), mas a Galeria de Apolo, onde o roubo ocorreu, permanece fechada.
Filas voltaram a se formar sob a icônica pirâmide de vidro, entrada principal do museu, marcando o retorno parcial das atividades em meio à comoção provocada pelo crime. No entanto, a Galeria de Apolo, cenário do assalto, permanece fechada ao público por tempo indeterminado.
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Ainda nesta quarta, o diretor do Louvre deve comparecer ao Senado francês para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Roubo cinematográfico
O roubo aconteceu no último domingo (19), em plena madrugada, e durou apenas sete minutos. Um grupo de assaltantes encapuzados arrombou uma janela do segundo andar utilizando um elevador de mudanças roubado. A ação mirou a Galeria de Apolo, um dos salões mais suntuosos do museu e lar das Joias da Coroa Francesa, incluindo peças raríssimas de valor histórico e artístico incalculável.
Entre os itens levados estão a tiara de diamantes e pérolas da Imperatriz Eugênia, o célebre diamante Regent, o Hortensia, além de conjuntos de safiras e esmeraldas que pertenceram à Condessa de Paris e à Dona Amélia.
O crime gerou indignação e críticas à segurança do museu. O ministro do Interior da França, Laurent Nunez, admitiu falhas e confirmou que foi aberto um inquérito administrativo pela ministra da Cultura, Rachida Dati.
“Houve um assalto ao Louvre, algumas das joias mais preciosas da França foram roubadas. Então, obviamente, foi uma falha, não há mais nada que eu possa dizer”, disse Nunez à rádio Europe 1.
Apesar disso, o ministro afirmou que o sistema de alarme foi acionado corretamente e que a polícia chegou ao local em apenas três minutos. No entanto, os criminosos conseguiram escapar com parte da coleção mais valiosa do país.
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Galeria de Apolo: tesouro francês e símbolo nacional
A Galeria de Apolo, que segue interditada, é um dos espaços mais emblemáticos do Louvre. Projetada no século XVII e concluída no século XIX, ela abriga desde 1887 as Joias da Coroa Francesa. O espaço passou por uma ampla restauração em 2019 e é reconhecido como Patrimônio Nacional e Mundial.
Entre suas obras-primas estavam pedras preciosas como jade, lápis-lazúli, ametista e espinélios históricos, além de joias que já pertenceram a figuras icônicas como Ana da Bretanha, Maria Luísa e Luís XIV.
Investigações seguem
As autoridades francesas ainda não divulgaram detalhes sobre os suspeitos ou a recuperação das peças. O caso reacende preocupações sobre a segurança de grandes instituições culturais e relembra episódios como o roubo da Mona Lisa, em 1911, quando a obra também foi retirada do Louvre — sendo recuperada posteriormente.
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