Alguns encontros. por mais planejados que sejam, parecem nascer de uma coincidência feliz do destino: duas longas viagens, agendas cheias e fusos horários invertidos, mas mesmo assim o diálogo acontece, e há espaço para elogios e risadas. Foi assim que os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se encontraram em Kuala Lumpur, provando que até negociações complexas podem ter um toque humano.
O presidente Donald Trump não deixou passar a data: ao embarcar no Air Force One para deixar a Malásia, ele parabenizou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelo seu 80º aniversário. "Tivemos uma ótima reunião, quero desejar um feliz aniversário ao presidente. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade. Fiquei muito impressionado", disse Trump, destacando o vigor do líder brasileiro.
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O encontro entre os dois líderes ocorreu no último domingo (26), durante a cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), e durou cerca de 50 minutos. Em tom descontraído, Lula brincou sobre a proximidade do aniversário e sugeriu que Trump poderia "comer um pedacinho de bolo".
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REUNIÃO "MUITO BOA"
No âmbito das negociações, o presidente americano comentou que a reunião com o Brasil foi "muito boa", mas não deu garantias sobre acordos concretos. "Não sei se algo vai acontecer, vamos ver", afirmou, acrescentando que "eles gostariam de fazer um acordo". Trump ressaltou ainda ser uma "grande honra" estar com Lula e demonstrou otimismo quanto a futuras negociações: "Podemos fazer bons acordos para ambos os países. Acho que nós faremos acordos. Conversamos e acho que teremos um bom relacionamento."
Lula, por sua vez, frisou a importância de manter uma relação civilizada entre os países. "Na hora que dois presidentes sentam em uma mesa e colocam seu ponto de vista, a tendência natural é se chegar a um acordo. Estava muito otimista na manutenção mais civilizada possível entre Brasil e Estados Unidos. Tenho uma longa pauta para discutir com os Estados Unidos", disse o brasileiro. Sobre a logística do encontro, ele comentou: "Reunião parecia impossível. O presidente Trump teve que viajar 22h dos Estados Unidos para a Malásia, e eu tive que viajar 22 horas do Brasil para a Malásia. E nós conseguimos fazer uma reunião que parecia impossível do Brasil com os Estados Unidos aqui na Malásia".
TARIFAS NA MESA
As conversas também tocaram no tema das tarifas aplicadas pelo governo americano sobre produtos brasileiros. Trump afirmou que considera que "tudo é justo" e que há espaço para "trabalhar em acordos". Por sua vez, o governo brasileiro reforçou que não aceitaria qualquer interferência sobre sua soberania, mantendo postura firme diante das sanções recentes.
Após o encontro, Lula afirmou estar confiante em avanços rápidos nas negociações bilaterais. "Se depender de Trump e de mim, vai ter acordo", declarou, sinalizando otimismo quanto à retomada de um diálogo mais harmonioso entre Brasil e Estados Unidos.
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