O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quinta-feira (25), que ordenou um ataque "poderoso e mortal contra a escória terrorista" do Estado Islâmico no noroeste da Nigéria sob o argumento de que o grupo vinha atacando cristãos na região "em níveis nunca vistos".
"Eu já havia alertado esses terroristas de que, se não parassem com o massacre de cristãos, haveria consequências terríveis, e esta noite, elas vieram. O Departamento de Guerra executou inúmeros ataques perfeitos, como somente os Estados Unidos são capazes de fazer", escreveu Trump na plataforma na Truth Social.
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A Nigéria vive, há décadas, um dos contextos de violência mais graves do mundo. O país concentra conflitos armados, terrorismo, disputas étnicas, colapso institucional, pobreza extrema e criminalidade organizada. Nesse cenário, cristãos sofrem, mas não são as únicas vítimas.
Milícias jihadistas, como o Boko Haram e grupos dissidentes, atacam igrejas, mas também mesquitas, escolas públicas, mercados, repartições do Estado e bases militares. A violência atinge comunidades inteiras. Muçulmanos, cristãos e pessoas sem filiação religiosa morrem em proporções semelhantes em diversas regiões do país.
Dados compilados pelo Armed Conflict Location and Event Data (Acled), uma das bases independentes mais respeitadas sobre conflitos armados, mostram que, desde 2020, o número de mortes em ataques nos quais a religião foi um fator declarado é alto para cristãos e muçulmanos, com diferenças muito menores do que aquelas sugeridas por narrativas de "genocídio religioso".
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Segundo análises recentes publicadas no New York Times, cortes na ajuda humanitária americana à Nigéria resultaram na interrupção de programas de saúde, nutrição e proteção infantil que salvavam centenas de milhares de vidas por ano.
Estimativas indicam que cerca de 270 mil pessoas deixaram de ser atendidas anualmente após esses cortes, muitas delas cristãs, muitas muçulmanas, muitas crianças.
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