"Já acabei", foram as primeiras palavras ditas por Anders Behring Breivik após ser detido pela polícia depois do massacre na ilha de Utoya, informou nesta quinta-feira o jornal norueguês Verdens Gang citando fontes anônimas.
O veículo também contou que depois que o assassino confessou ele se transformou e começou a falar muito, sem detalhar o que o direitista radical de 32 anos teria falado.
Constatada pela agência de notícias AFP, a polícia não quis confirmar estas informações. Já as autoridades encarregadas do distrito onde se encontra Utoya deram detalhes sobre a prisão de Breivik, que se entregou sem apresentar resistência.
Pouco antes de chegar à ilha e se aproximar da área do tiroteio, a equipe de intervenção gritou "Polícia! Estamos armados!", contou Haavard Gaasbakk, que dirigiu o comando.
Anders Behring Breivik então saiu de dentro da mata com as mãos para o alto. Sua arma foi localizada a uns 15 metros atrás dele. Segundo a cronologia da polícia eram 18h27 (horário local), uma hora e um minuto depois da polícia local ter recebido o primeiro alerta e 80 minutos depois do início do tiroteio.
O tempo que a polícia demorou em agir diante do massacre provocou críticas, especialmente dos sobreviventes. Quando teve início o tiroteio, a polícia e os serviços de socorro estavam concentrados no bairro governamental de Oslo, devastado pela explosão de um carro-bomba às 15h30 local.
Devido à carência de um helicóptero, a operação em Utoya enfrentou dificuldades, ainda mais quando o barco da polícia sofreu uma avaria no motor.
Segundo a polícia, esta falha os fez ganhar tempo, pois a equipe se dividiu e embarcou em duas naves civis mais rápidas.
Além disso, o chefe da equipe policial que prendeu o autor confesso da matança disse estar orgulhoso do trabalho de seus homens. "Foram muito sólidos e demonstraram uma grande coragem", disse Haavard Gaasbak à imprensa.
O policial chegou à ilha acompanhado por nove homens e prendeu o atirador, que disparou por mais de uma hora contra um acampamento de verão trabalhista, que contava com a participação de cerca de 600 pessoas.
No tiroteio morreram 68 pessoas. Além disso, outras oito pessoas morreram após a explosão de um carro bomba pouco antes no bairro dos ministérios, no centro de Oslo.
(BAND)
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