A Justiça do Congo está julgando uma milícia formada por 18 homens, acusada de estuprar durante anos dezenas de garotas em rituais de magia. Pelo menos 50 meninas, com idade entre 18 meses e 11 anos, foram violentadas durante três anos nos rituais, destinados a proteger os milicianos contra tiros e doenças.

Os crimes ocorreram na cidade de Kamuvu. De acordo com o processo, os milicianos escolhiam as vítimas e as sequestravam durante a noite, enquanto os pais dormiam. A garota era levada a um campo e estuprada pelos membros do grupo, sendo abandonada em seguida. A crença local é a de que o sangue de virgens, soltado durante a primeira relação sexual, prevenia ferimentos por tiros, imunizava contra o HIV, além de garantir trabalho e saúde.

Os envolvidos ainda são acusados de utilizar entorpecentes naturais, feitos a patir de plantas, para adormecer tanto as vítimas quanto os pais delas, facilitando o ataque. Chamado de "Diamante Vermenho", o pó também era atribuído à forças mágicas. Muitas das vítimas eram de família pobre, nas quais as mães trabalhavam como prostitutas durante a noite, o que também facilitava o rapto.

Como as meninas eram abandonadas após os crimes, muitas não receberam atendimento médico e não tiveram os casos registrados em hospitais. Portanto, o número de vítimas pode ser ainda superior.

O Congo efrenta uma Guerra Civil há 20 anos, e desde então diversas milícias surgiram no país. O julgamento dos estupror deve seguir até 26 de novmebro.

(Com informações da BBC)

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