O bengalês Akayed Ullah, 27, suspeito pela tentativa de ataque em terminal de ônibus de Nova York nesta segunda-feira (11), citou "recentes ações israelenses em Gaza" como motivação para a ação, afirmaram autoridades.
Israel realizou ataques aéreos no fim de semana contra a faixa de Gaza após disparos de foguetes pela facção radical Hamas, que convocou uma "rebelião" pela decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital israelense. A cidade é disputada por israelenses e palestinos.
"Essa é uma pessoa que estava vivendo em Nova York, um taxista, que estava aborrecido, irritado por nossa posição política, ou simpatizante do Estado Islâmico etc", disse o governador de Nova York, Andrew Cuomo.
O incidente ocorreu no terminal Port Authority, na região da Times Square, em Manhattan, que é o maior dos EUA, com um fluxo de 65 milhões de passageiros por ano. Abaixo do terminal está localizada a estação Times Square-rua 42 do metrô.
Segundo a polícia de Nova York, Ullah amarrou uma bomba caseira em seu corpo com velcro e lacres de plástico. Ele ficou ferido, com queimaduras e lacerações, e foi detido e levado a um hospital. Outras três pessoas ficaram feridas, mas levemente.
Questionado sobre a existência de vínculos do suspeito com o Estado Islâmico, o comissário da polícia afirmou que Ullah "fez declarações", mas evitou entrar em detalhes. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que acredita-se que o suspeito tenha agido sozinho.
Já Cuomo disse que ele foi "influenciado" por grupos como o EI e se informou como fabricar uma bomba na internet.
Originário da cidade de Chittagong, em Bangladesh, Ullah é residente legal dos EUA e tinha licença para trabalhar como taxista entre 2012 e 2015.
A polícia de Bangladesh informou que Ullah não tinha ficha criminal e havia visitado o país pela última vez em setembro.
"O Departamento de Segurança Interna está adotando as ações apropriadas para proteger nosso povo e nosso país após a tentativa de atentado terrorista hoje em Nova York", afirmou o secretário de Segurança Interna, Kirstjen M. Nielsen.
"O inimigo que enfrentamos é persistente e adaptável. Mas devemos saber disso: os americanos não vão ser coagidos pelo terrorismo, e não vamos permitir que isso se torne o novo normal. Vamos lutar agressivamente e levar os terroristas à justiça", acrescentou.

Fonte: FolhaPress

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