O conselho da cidade de Hannover, na Alemanha, decidiu que um cão da raça American Staffordshire Terrier deveria ser sacrificado, após a polícia constatar que ele matou sua dona, uma mulher de 52 anos, identificada como Lezime K., e seu filho Liridon, de 27 anos. O caso de Chico abriu debate no país sobre o bem-estar dos animais e ativistas lançaram uma petição, coletando milhares de assinaturas, para que ele possa permanecer vivo.

Os dois corpos foram encontrados por volta das 22h30 (17h30 de Brasília) da terça-feira passada (03), em um apartamento de Hannover, a 289 quilômetros de Berlim. O serviço de emergência foi acionado por uma mulher que viu, pela janela, um deles caído no chão. Chico foi então encaminhado para um abrigo, onde deveria esperar a decisão de seu destino.

Diante da decisão de sacrificá-lo, defensores dos direitos dos animais protestaram pela vida do cachorro. Após a análise da petição "Let Chico Live" (Deixem Chico Viver, em tradução livre), que coletou mais de 250 mil assinaturas em todo o país, autoridades alemãs admitiram erros na forma de lidar com o caso, informou o porta-voz do conselho municipal, Udo Möller, segundo o jornal britânico "The Guardian".

O diretor da associação de bem-estar dos animais de Hannover, Heiko Schwarzfeld, afirmou que centenas de pessoas já manifestaram interesse em cuidar do cachorro.

Agora as autoridades investigam a possibilidade de colocar o animal em uma instalação segura para cães com dificuldades comportamentais. "Estamos investigando se tal instalação seria capaz de garantir que o cão não seja mais um perigo para o público", afirmou o porta-voz do conselho.

Em 2005, o marido da dona do animal a agrediu com um machado. De acordo com relatos de jornais locais, Chico havia sido comprado por Lezime K há oito anos, pouco antes de seu agressor deixar a prisão. Em uma cadeira de rodas, ela acabou deixando o animal confinado em um ambiente pequeno dentro da residência.

Em 2011, uma assistente social registrou em um relatório que o cachorro "havia sido treinado para ser uma máquina de combate". Sua recomendação foi levar o cão para um treinador. Um escritório de inspeção veterinária deveria ter decidido, porém, se a família continuaria ou não com o animal.

"Se tivesse sido realizada uma avaliação de especialistas, a proprietária seria proibida de manter este animal", disse Möller.

(Com informações do Extra)

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