Questionado por um jornalista, durante uma viagem de avião de volta a Roma, o Papa Francisco recomendou que pais e mães ficassem atentos e em caso de detectarem homossexualidade nos filhos, ainda na infância, que procurassem um psiquiatra. A fala repercutiu e o Vaticano se adiantou em afirmar que o pontífice foi mal interpretado.

Para Francisco, os pais devem primeiramente rezar e conversar com os filhos.

"Eu diria, em primeiro lugar, que rezem, que não condenem, que dialoguem, que deem espaço ao filho ou filha", respondeu ao ser questionado sobre o assunto.

Segundo Francisco, até os 20 anos de idade, muito ainda pode ser feito.

"Quando é observado ainda na infância, há muito que pode ser feito por meio da psiquiatria, para ver como são as coisas. É outra coisa quando se manifesta depois dos 20 anos", disse Francisco.

Contudo, Francisco fez questão de demonstrar incomodo quanto ao silêncio que em muitos casos acaba se tornando a opção dentro das famílias.

"Nunca direi que o silêncio é um remédio. Ignorar o seu filho ou filha com tendências homossexuais é uma falha da paternidade ou maternidade", declarou.

Um porta-voz do Vaticano, hora após a conversa, disse que a Igreja Católica resolveu retirar a referência à psiquiatria da transição oficial "para não alterar o pensamento do Papa" e que Francisco não quis abordar o tema como uma doença.

(DOL)

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