Portal da Amazônia abandonado afasta visitantes

Com uma obra de revitalização que caminha em um ritmo lento, o Portal da Amazônia reúne problemas estruturais que prejudicam não só à população que frequenta o espaço, como os trabalhadores autônomos que atuam na área. Um dos problemas é a parte da orla que começou a ceder ainda em 2017. Há três meses, o local foi isolado para início dos reparos, mas até o momento o serviço não foi concluído.

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Outro problema apontado por quem trabalha no local e frequentadores do espaço são os píeres que foram também isolados a mais de um mês e ainda permanecem da mesma forma. A autônoma Silvia Moraes, 39, trabalha em um dos quiosques da orla. Ela explica que as pessoas costumavam levar cadeiras para sentar no local nos finais de tarde. Agora, as pessoas deixaram de ir para o local e isso fez as vendas caírem. “Isso está prejudicando a gente. As pessoas gostam de ficar aí. Agora, ninguém mais vem para cá. Tiraram o assento, pintaram e disseram que iam iniciar o serviço. Até agora nada”, diz. “Os clientes perguntam quando isso vai terminar e agente não sabe nem o que dizer”, pontua Silvia.

ABANDONO

Resíduos como plástico, papel, caixa de cigarro e até garrafas de vidro podem ser encontrados pelo chão da orla. O mato que cresce em meio ao piso também demonstra o grau de abandono do espaço de lazer. Ao caminhar pelo local, também é possível observar coretos de madeira com partes da cobertura deterioradas, lixeiras sem o fundo e as quadras de esporte estão com telas de proteção e redes destruídas.

Quem frequenta o local se sente incomodado com a situação. É o caso da doceira Ester Amorim, 34, que reside próximo ao Portal e costuma levar os filhos gêmeos, Mateus e Marcos, 7, para brincar na orla. “O mato da parte de baixo da orla está muito alto. A gente senta nos bancos ali no início e é um risco para as crianças de cair, porque o mato esconde onde a calçada termina”, observa.

Ester diz ainda que o local só tem vigilância da Guarda Municipal no período noturno. “Mesmo com guarda, de noite tem pessoas fumando maconha por aqui. É complicado. É um local que tem tudo para ser um referencial de Belém. Mas desse jeito não dá”, critica. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Belém, mas não teve retorno.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)