A Promotoria de Justiça Militar, juntamente com a Polícia Civil do Pará, continua as investigações sobre a atuação do grupo de extermínio e milícia que teve sete integrantes presos na semana passada, na Grande Belém. A participação deles na morte do vereador de Ananindeua, Gordo do Aurá, ocorrida em fevereiro deste ano, não é descartada.
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De acordo com informações do promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, imagens de vídeos estão sendo analisadas na busca de mais detalhes.
A grande quantidade de munições e armas de longo alcance apreendidas na casa de um soldado em Ananindeua suscita que havia outros planos, além de simples defesa pessoal.
"Começamos a investigar o grupo. Foram apreendidos armas calibres ponto 40, munições, uma escopeta e um fuzil na casa do soldado Leonardo, em Ananindeua. Não é permitida a cautela permanente deste tipo de armamento, ou seja, não pode ser levada para casa. Só colete e uma pistola com munição. Quem usa fuzil, não leva para a defesa pessoal é para execução", disse o promotor.
Ainda segundo Brasil, mais de mil munições estavam em poder do soldado e que foi pago a essa quadrilha um quantitativo muito superior ao previsto em lei, em que apenas dois carregadores e 10 munições podem ficar na posse de cada militar.
CARRO PRATA ENVOLVIDO EM MORTE
O carro prata, que pertence a soldado Érica, presa na operação Anonymous II, ocorrida na semana passada, está na linha de investigação na morte de um cidadão de nome Silflora. Segundo Armando Brasil, o veículo foi gravado durante uma das ações de extermínio.
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Cel. Marcelo Araújo Prata "emprestava" as armas e munições oriundas do 5º Batalhão da PM de Castanhal e distribuía para cinco PMs executores que foram presos.
De posse do material, eles usavam o carro prata de propriedade da cabo Érica para as execuções, em maioria realizada nas áreas periféricas de Belém e Região Metropolitana
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