Memorial da Cabanagem revitalizado é entregue com exposição documental e artística 

O Memorial da Cabanagem, monumento de beleza singular e símbolo do movimento de resistência no Pará, criado pelo arquiteto Oscar Nyemeyer em 1985, ocasião em que o Movimento da Cabanagem completou 150 anos, foi revitalizado e entregue na manhã desta segunda-feira (30), em cerimônia realizada pelo Governo do Estado. Estiveram presentes o governador Helder Barbalho, a secretária de Cultura do Estado, Úrsula Vidal, juntos com uma comitiva de secretários de Belém e outros municípios.

Na ocasião, o monumento recebeu a exposição temporária Vozes da Cabanagem, aberta n

a cripta. A exposição foi montada a partir de documentos históricos catalogados pelo Arquivo Público do Estado e contém oito painéis que mostram a diversidade dos povos que integravam o movimento Cabano, o único na história do Brasil que conseguiu derrotar as forças imperialistas e formar um governo, de 1835 a 1840.

Durante os últimos meses o histórico monumento, que possui 15 metros de altura por 20 m de comprimento, todo em concreto, passou por reformas de limpeza, paisagismo e encaminhamento de pedestres, além de receber um novo projeto luminotécnico, com luzes nas cores vermelha e azul. Para Helder Barbalho, a revitalização significa o resgate das raízes paraenses.

#CulturaPorTodooPará | Um dia de resgate da nossa cultura e da nossa história. Entregaremos logo mais o Monumento da Cabanagem, em Belém, totalmente revitalizado. pic.twitter.com/hN0FDIz6jG

— Helder Barbalho (@helderbarbalho) December 30, 2019

Significado

O Monumento foi construído para abrigar os restos mortais dos líderes cabanos Batista Campos, Félix Clemente Malcher, Francisco Pedro Vinagre, Antônio Vinagre e Eduardo Angelim.

A rampa elevada em direção ao céu representa a grandiosidade da revolta popular, que chegou muito perto de atingir seus objetivos (representado pelo bloco de concreto que não está ao alcance da rampa), enquanto a "fratura" (a parte de concreto que parece ter caído da “mão”) faz alusão à ruptura do processo revolucionário. Mesmo com a fratura, a “mão” permanece sólida e em direção ao objetivo, o que representa a esperança.

O Monumento foi revitalizado após décadas de abandono e constantes arrombamentos, pichações e depredações.