Morreu no início da tarde desta sexta-feira (3) o bebê Wendrio Lucas Barbosa, que nasceu prematuro no primeiro dia do ano, em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, e cuja família denunciou falta de estrutura no hospital municipal. O recém-nascido de sete meses respirava com a ajuda de uma máscara de oxigênio improvisada com um copo plástico.

A criança estava internada em estado grave. O improviso e a demora para uma transferência do pequeno revoltaram familiares, que denunciaram a situação esta manhã à imprensa. A imagem da criança logou ganhou as redes sociais. Até o início da tarde desta sexta-feira (03), a mãe, Dioelene Barbosa, de 24 anos, seguia aguardando a transferência do filho para um hospital de referência.

Ela relatou que o bebê estava com problemas respiratórios e ele continuou sendo atendido nesse improviso com o copo plástico. 

Minutos antes de confirmar a morte da criança, o Secretário Municipal de Saúde da cidade, Benedito Lalor, informou que o hospital conta com máscaras de oxigênio. 

"O hospital tem máscaras disponíveis para os pacientes, porém, como se trata de uma criança prematura e as máscaras são grandes para o rosto da mesma, os profissionais improvisaram com o copo para salvar o menino", explica Benedito.

Ele ainda relatou que a secretaria está tentando transferir a criança para um hospital da capital paraense, mas as condições climáticas não estão favorecendo. "Estamos fazendo de tudo para manter a criança com vida. Já solicitamos a transferência do menino para um hospital de Belém, mas o mau tempo não está permitindo o resgate dele", disse. 

O secretário ainda ressalta que o caso de Wendrio é uma exceção no município, já que a mãe da criança, Diolene Barbosa, não teria feito pré-natal. "Infelizmente, ela não buscou ajuda médica durante a gestação, não fez pré-natal nem nada. Apesar disso, a gente quer que ele saia dessa com vida e saúde", finalizou. 

A criança estava internado em estado grave. Foto: REPRODUÇÃO

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