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Trabalhadores que atuam em áreas essenciais investem em prevenção

Veja histórias de pessoas que atuam em serviços considerados essenciais, como em farmácias e fornecimento de gás, e quais cuidados esses trabalhadores tomam para se prevenir do novo coronavírus.

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Imagem ilustrativa da notícia Trabalhadores que atuam em áreas essenciais investem em prevenção camera Luiz Carlos. | Mauro Ângelo

Enquanto os que podem ficam em casa, o balconista Luiz Carlos, 36 anos, sai às ruas todos os dias certo do importante papel a cumprir. Acumulando mais de 15 anos de experiência como atendente em farmácias, ele conhece bem o que significa estar disponível quando uma pessoa necessita, com urgência, de uma medicação de uso contínuo que acabou em pleno feriado, por exemplo. Ainda assim, nenhum desafio enfrentado até hoje foi tão grande quanto o exigido pela pandemia que o mundo vem encarando.

Na medida em que os números de casos confirmados de Covid-19 cresciam no país, Luiz Carlos viu o movimento crescer na farmácia localizada no bairro do Condor, em Belém, onde trabalha. Rapidamente, a busca por produtos como o álcool em gel e máscaras cirúrgicas multiplicaram, assim como a procura por vitaminas e remédios de combate aos sintomas da gripe.

Mudanças foram vistas, ainda, na própria forma de atendimento ao público. No chão da farmácia, adesivos indicam a necessidade de cada cliente se manter a uma determinada distância dos outros. Já na própria apresentação de Luiz Carlos, além do uniforme foram acrescentadas luvas e máscara. “Houve uma mudança drástica, até porque a gente trabalha diretamente com o público, então tivemos que adotar medidas de segurança”.

Mesmo com todas as medidas preventivas, o balconista não nega a preocupação com o vírus. Ainda assim, sente-se satisfeito de poder contribuir com seu trabalho para que o período difícil seja enfrentado com mais tranquilidade pela população. “Preocupação nós temos. Eu moro com o meu primo e a minha madrinha e, assim que eu chego em casa, sigo direto para o quintal para lavar as mãos e tirar os sapatos e só falo com todos depois que eu já tiver tomado banho”, conta. “Mas é gratificante saber que estou podendo ajudar com o meu trabalho. Nós fazemos parte dos serviços considerados essenciais, então temos que estar presentes”.

MERCADO

A presença do operador de caixa Anderson Oliveira, 38 anos, também é garantida no pequeno mercado em que trabalha, no bairro do Jurunas. Com a maior permanência das pessoas dentro de casa, cresce a demanda por insumos básicos como alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e material de limpeza.

Se as pessoas não tivessem como comprar os produtos para comer em casa, a situação ficaria inviável. Então é preciso que a gente esteja aqui hoje". Anderson Oliveira/Operador de caixa.
📷 Se as pessoas não tivessem como comprar os produtos para comer em casa, a situação ficaria inviável. Então é preciso que a gente esteja aqui hoje". Anderson Oliveira/Operador de caixa. |Mauro Ângelo

Diante da necessidade de algum desses itens, trabalhadores como Anderson estão a postos para colaborar. “Se as pessoas não tivessem como comprar os produtos para comer em casa, a situação ficaria inviável. Então é preciso que a gente esteja aqui hoje”.

O valor da função desempenhada por Anderson já há 12 anos é inegável em qualquer período do ano, mas, sem dúvida, ele viu o reconhecimento pelo seu trabalho crescer diante da pandemia do novo coronavírus. Para que não deixe de atender à população, ele conta que redobrou os cuidados: a lavagem das mãos é mais frequente, assim como a higienização do balcão com álcool em gel.

Além de preservar a saúde dos clientes e a sua própria, as medidas também contribuem para resguardar, ainda que indiretamente, a saúde de quem mais preocupa o operador de caixa. “O meu pai é idoso, tem 76 anos, então a preocupação com ele é grande. Quando eu chego em casa, imediatamente lavo as mãos e sigo para tomar banho”.

O pensamento na família também acompanha o entregador de gás Rodolfo Sacramento, 28 anos, durante todo o trabalho. Enquanto ele entra e sai das casas dos clientes para deixar o gás necessário para cozinhar, é no pai de 65 anos e no filho de 8 anos de idade que o trabalhador pensa.

“A minha maior preocupação é com eles. Então eu estou me prevenindo como posso, coloco máscara, luvas e toda vez que eu saio da casa do cliente, uso o álcool em gel”, conta. “Eu tenho que me prevenir porque é um serviço que não pode parar. Como as pessoas vão ficar em casa sem conseguir cozinhar?”.

PEDIDOS

Dentre os pedidos atendidos por Rodolfo, muitos são de pessoas idosas, os que mais precisam ficar em casa diante da circulação do coronavírus na cidade. Além de fazer a entrega do gás, o entregador conta que, muitas vezes, os idosos aproveitam para conversar um pouco. “Nem que seja rápido, eles aproveitam para conversar. Acho que se sentem sozinhos em casa”, relaciona. “Eu me sinto bem fazendo isso porque ajudar ao próximo faz sempre bem pra quem ajuda”.

Rodolfo Sacramento
📷 Rodolfo Sacramento |Mauro Ângelo

A sensação de contribuir para que a sociedade possa enfrentar a pandemia da melhor maneira possível também faz parte da rotina do microempreendedor Manoel da Luz, 74 anos. Proprietário de um pequeno depósito de gás localizado na travessa Quintino Bocaiuva, ele sai de casa todos os dias às 6h15 para abrir o negócio e, assim, poder atender aos chamados da população do entorno. “Eu confio em Deus. Ele tem nos guardado nesse momento e tenho fé que isso tudo vai passar”, acredita. “As pessoas têm que comer e, para isso, tem que ter o gás. Então estamos aqui”.

Manoel da Luz.
📷 Manoel da Luz. |Mauro Ângelo

Também pronta para atender está a frentista Patrícia do Socorro, 37 anos. Há nove meses trabalhando em posto de combustível localizado na avenida Bernardo Sayão, ela jamais imaginou que o mundo enfrentaria uma pandemia como a do coronavírus. Mesmo preocupada com os dois filhos que permanecem em casa após a suspensão das aulas em toda a cidade, ela não deixa de sair para garantir o próprio sustento e o abastecimento de centenas de pessoas que dependem do produto para continuar se locomovendo.

Patrícia do Socorro.
📷 Patrícia do Socorro. |Mauro Ângelo

“A gente toma bastante cuidado porque ficamos em contato com os clientes e com dinheiro que a gente nunca sabe por quantas mãos já passou”, considera. “A última coisa que eu pensei na vida era que um vírus ia causar toda essa mudança no mundo todo. Mas a gente vai seguindo e ajudando da forma que sabe”.

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