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PLENA NO CAMAROTE

Caprichar no look e na make para assistir às lives ou fazer nada pode trazer alegria

Pode ser na sala de casa, na varanda, quem gosta de curtir uma boa noite de festa, uma programação com os amigos, não está se deixando abater pelo isolamento social e fazendo da programação caseira algo tão divertido quanto é possível. Além disso, salto,

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Imagem ilustrativa da notícia Caprichar no look e na make para assistir às lives ou fazer nada pode trazer alegria camera Cunhadas, Thaís Martins e Brenda Costa fizeram da maquiagem uma terapia na quarentena. | Divulgação

Pode ser na sala de casa, na varanda, quem gosta de curtir uma boa noite de festa, uma programação com os amigos, não está se deixando abater pelo isolamento social e fazendo da programação caseira algo tão divertido quanto é possível. Além disso, salto, make e a melhor roupa do guarda-roupa estão agora sendo aliados dessa turma que não aceita que a tristeza ou a baixa autoestima se instalem.

A fonoaudióloga Luciana Pará, 39, conta que em sua casa são seis pessoas, e ninguém quis entrar muito na vibe dela, mas nem por isso ela deixa de, todo fim de semana, transformar a varanda na mais confortável casa de show e curtir as melhores lives sertanejas. “A primeira live que me arrumei para assistir foi a da Marília Mendonça, também do Jorge & Matheus. Minha companheira é a minha cachorrinha, a Windy, que sempre está lá (risos)”, conta.

Luciana Pará fez da varanda sua boate particular e, mesmo sozinha, se produz para assistir às lives pelo tablet.
📷 Luciana Pará fez da varanda sua boate particular e, mesmo sozinha, se produz para assistir às lives pelo tablet. |Divulgação

Mesmo sem ter uma TV Smart, ela conta que usa um tablet. “Levo para a sacada, monto lá meu cenário. Eu ponho um pano diferente, tem um aparador para o tablet, eu compro uns petiscos, amendoim, castanha, batata frita, calabresa, sempre uma cervejinha gelada. Mas não sou de aguentar muito não (risos), eu me recolho cedo”, diz ela. Ainda assim, o cenário é mesmo de festa, com decoração e tudo.

Com marido, dois filhos e os pais integrando o grupo de risco da pandemia do novo coronavírus, ela conta que iniciou o isolamento logo nos primeiros 15 dias em que saíram decretos acerca da prevenção. “Meu pai veio trabalhar em casa, minha mãe é aposentada. As escolas dos filhos pararam. E eu tenho uma clínica, em que também parei os atendimentos. Eu que saio para fazer supermercado, farmácia”, relata.

Diante desse cenário, ela diz que aquele momento na varanda, por mais simples que seja, funciona para equilibrar seu bem-estar. “É bom, né? Dá um ‘up’ na vida, um ânimo. Claro, tem aqueles momentos de altos e baixos. Tenho amigo que falou ‘não sei como você consegue ficar em casa’, porque eu sempre estava na rua. Às vezes limpo a sacada, mudo o fundo, não sei o quê… É o único ambiente mais arrumado da casa”, brinca Luciana.

Ela também admite que pensamentos difíceis de lidar passam pela cabeça mesmo nesse momento de descontração. “Às vezes até me sinto mal, a gente sabe que tem tanta gente perdendo a vida e tu na tua casa te divertindo. Mas isso também ajuda a evitar sair de casa, sentir tanta falta, e evita a mesmice, de querer andar só de camisola pela casa, não ter uma rotina. Tem gente almoçando três da tarde, dormindo até dez da manhã. Quero me manter bem para quando voltar”.

E a iniciativa nem precisa ser de alguém habituada a se montar para sair. “É engraçado que eu normalmente vou trabalhar toda jogada, e na hora das lives quero me produzir, ponho até cílio postiço (risos). Na verdade, eu comecei a assistir à live de maquiagem e por causa disso fiquei com vontade de me arrumar, então encontrei um bom motivo”, ela conta, já planejando as próximas lives que vai assistir de “camarote”.

Rotina em grande estilo

As servidoras públicas e cunhadas Thaís Martins, 24, e Brendha Costa, 22, fizeram o caminho inverso de Luciana. A programação estava lá - a eliminação de Daniel no “Big Brother Brasil” - e como queriam passar por ela em grande estilo, resolveram se montar - make, roupa e salto. “A gente comprou pizza, se arrumou, colocou slide com tela gigante no quarto. Quando terminou o programa, a gente ainda foi para o pay per view (risos)”, conta Thaís. Agora, maquiagem se tornou o passatempo favorito de ambas, tenham programação ou não.

“Como tenho o hábito de maquiar, sair, a gente vai sentindo falta. É algo que faz parte da autoestima, não só a maquiagem, mas se arrumar, e aí estava com vontade, mesmo sendo para ficar em casa”, diz Brendha.

“A gente utilizou como uma terapia mesmo, para aproveitar o momento em casa. Eu, que sou mãe, se deixar, passo o dia de pijama, a gente perde um pouco a noção do tempo. Então, tira esse momento do dia para se arrumar, para se sentir bonita. A gente se arruma e vai lavar uma louça, às vezes (risos)”, diz Thaís.

A própria elaboração da maquiagem, o tempo escolhendo tudo, se torna lazer. “Tudo vai ajudando a gente a se ‘desestressar’”, diz Thaís. “É difícil a gente se arrumar juntas. A Thais é só à noite, por causa da bebê. Mas a gente pede uma coisa emprestada aqui e ali, dá opinião sobre algo, ‘fica legal assim e tal’”, conta Brendha. E como Thaís já contou, não precisa de live não, uma das duas pode estar completamente arrumada para fazer algo simples como cozinhar - outra terapia encontrada por elas e curtida em grande estilo.

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