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ATENDIMENTOS EMERGENCIAIS

Governo do Estado envia profissionais de saúde para aldeias indígenas

Uma equipe de profissionais de saúde composta por médicos e técnicos de enfermagem se deslocou nesta quarta-feira (3) para realizar atendimentos emergências nas aldeias indígenas Xikrin do Cateté e Djudjêkô, em Parauapebas, sudeste do Estado. Vários índio

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Imagem ilustrativa da notícia Governo do Estado envia profissionais de saúde para aldeias indígenas camera Divulgação

Uma equipe de profissionais de saúde composta por médicos e técnicos de enfermagem se deslocou nesta quarta-feira (3) para realizar atendimentos emergências nas aldeias indígenas Xikrin do Cateté e Djudjêkô, em Parauapebas, sudeste do Estado. Vários índios estão infectados com a Covid-19.

Os profissionais são do Corpo Militar de Saúde (CMS) da Polícia Militar e contaram com o apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado (Graesp) para chegarem à localidade.

Governo do Estado envia profissionais de saúde para aldeias indígenas
📷 |Divulgação

De acordo com Ubirajara Sompré, técnico de saúde indígena, somente no último final se semana oito indígenas morreram com covid-19 no Estado, sendo 3 na região de Itaituba, no sudoeste do estado; 2 em Bom Jesus do Tocantins e 3 em Parauapebas, no sudeste do estado. “O governador Helder Barbalho sensibilizado pelo avanço do Covid 19 nas Terras Indígenas do estado e em especial do Povo Xikrin e Gavião, entrou em contato direto para que junto com o Distrito Sanitário Especial Indígena e como articulador, fizéssemos a parceria com o estado no atendimento aos indígenas para o combate a este vírus que vem atingindo de forma brutal nosso povo”.

Para Ubirajara o reforço do Governo do Estado traz mais tranquilidade, pois os indígenas têm medo de saírem de suas aldeias para receberem atendimento médico fora e não mais retornarem. “E é por isso que nós pedimos ao Ministério Público Federal que faça um protocolo de retorno para as suas comunidades quando os indígenas morrem. Nós temos que entender que os indígenas têm as suas especificidades e cultura diferenciada dos não indígenas”.

Aldeias indígenas Xikrin do Cateté e Djudjêkô, em Parauapebas
📷 Aldeias indígenas Xikrin do Cateté e Djudjêkô, em Parauapebas |Divulgação

Ele agradeceu ainda a ajuda em que o estado tem dado aos indígenas, em relação à transferência deles para os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Nós temos conseguido junto à diretoria de comunidades tradicionais povos indígenas, conseguimos de Itaituba, Tucuruí, Redenção, Marabá também, a gente tem conseguido junto ao Governo do Estado”.

Dados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) apontam que até esta quarta-feira no Pará, 170 indígenas haviam sido confirmados com o novo coronavírus, sendo que 22 vieram a óbito. O último deles ocorrido nesta quarta, tendo como vítima um indígena de 77 anos da etnia Munduruku, em Itaituba, no sudoeste paraense.

GAVIÃO

A equipe de profissionais da saúde ficará durante dois dias em Parauapebas realizando atendimentos nas aldeias, promovendo consultas médicas e distribuindo medicamentos e produtos de higiene. Na sexta-feira (5), seguirá para também realizará atendimentos ao Povo Gavião, no município de Bom Jesus do Tocantins, este com maior número de indígenas testados positivos e com maior número de óbitos.

ALDEIAS

O líder indígena Katê Parkatêjê, da tribo Gavião Parkatêjê, localizada na reserva Mãe Maria, afirma que pensava que o vírus nunca chegaria às aldeias. “A gente pensava que não ia chegar, mas chegou. A gente fica meio triste, porque teve quatro casos dentro da aldeia. Mas, agora já estamos com uma equipe e a luta não para. A gente continua trabalhando, fazendo a prevenção. Todo mundo isolado. Mas, esse vírus é terrível, é invisível, ninguém vem ele”, disse.

O cacique Zeca Gavião, por sua vez, afirma que na tribo dele foram adotadas medidas para evitar a contaminação e transmissão da doença, como evitar abraços, apertos de mão, orientações de higienização das mãos e do material de compras. “Nós compramos tudo, mas tudo que entra tem que higienizar quando vai para casa, higieniza de novo e é assim. Nenhum do nosso pessoal sai para rua, e ninguém também entra. Mas, não é por discriminação, é pelo cuidado do meu povo”.

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