Responsáveis pela coleta dos materiais de pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19, o que os deixa igualmente expostos ao vírus, Técnicos de Laboratório foram esquecidos na mais recente portaria (nº 473/2020) da Prefeitura de Belém, que concedeu abono a diversos profissionais da saúde na capital paraense.

A decisão publicada no Diário Oficial do Município de Belém de 17 de junho estabelece valores diferenciados de plantão e extensão de carga horária aos profissionais da assistência direta, que atuam na rede de urgência da Secretaria Municipal de Saúde e que estão na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus.

Trata-se de 30% sob o valor da extensão da carga horária e 30% sob o valor do plantão para as categorias Enfermeiro, Fisioterapeuta, Assistente Social, Psicólogo, Técnico de Enfermagem, Técnico de Radiologia, Motorista e Maqueiro. A justificativa da Prefeitura é que se tratam de profissões em que existe o contato direto com os pacientes acometidos pela doença.

A publicação, entretanto, não foi bem recebida pelos profissionais Técnicos de Laboratório, que foram deixados de lado na decisão. “Não é médico, nem enfermeiro, nem técnico de enfermagem os responsáveis por tais coletas. Somos desamparados no serviço de saúde pública. Referência técnica de Laboratório não existe! Nunca vi nenhum representante ir no laboratório de análises clínicas do PSM da 14(Mário Pinotti). Uma vergonha essa gestão de saúde como um todo!”, desabafou um profissional da rede.

O abono foi publicado no Diário Oficial do Município de Belém de 17 de junho. Foto: Freepik

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