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PATRIMÔNIO

Aos 137 anos, Bosque Rodrigues Alves é o retrato do abandono

Aos 137 anos, o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, é um pequeno pedaço da floresta encravado numa das regiões mais movimentadas de Belém. Um lugar frequentado por famílias, turistas e praticantes de exercícios físicos, que hoje sofre com o descaso da

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Imagem ilustrativa da notícia Aos 137 anos, Bosque Rodrigues Alves é o retrato do abandono camera Um dos principais pontos turísticos da capital está em estado de degradação, com rachaduras, pichações e sujeira por toda parte. | Wagner Santana/ Diário do Pará

Aos 137 anos, o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, é um pequeno pedaço da floresta encravado numa das regiões mais movimentadas de Belém. Um lugar frequentado por famílias, turistas e praticantes de exercícios físicos, que hoje sofre com o descaso da administração municipal. O espaço, de 15 hectares, atravessa um acelerado processo de degradação que resulta em rachaduras, pichações e até quedas de árvores.

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Por todo quadrilátero que forma o espaço, são visíveis os descasos na estrutura. Muitas das grades que cercam o bosque estão enferrujadas, quebradas ou encostadas e remendadas. No último dia 8 de abril, uma árvore caiu com a copa sobre a avenida Almirante Barroso. Por sorte, não houve feridos. Dos caminhos que recortam o parque, vários estão cobertos por lama e com as chuvas se torna impossível, por exemplo, percorrer as laterais que alagam por horas.

O jeito é torcer pelos dias de sol. É o que faz o estudante de Engenharia Rogerson Almeida, 18 anos. Desde a infância ele frequenta o espaço e diz o quanto é triste ver a situação. “Eu venho aqui desde os tempos da escola. Hoje em dia, pratico exercícios e sinto um aperto grande ao ver como ele está abandonado”, lamenta. O risco de acidente, segundo ele, é constante.

“Algumas grades estão soltas. Outro dia caiu uma árvore. É arriscado alguém passar por aqui e cair algo sobre a pessoa. Imagine o tamanho do acidente”, questiona. De fato. Na esquina da avenida Almirante Barroso com a Perebebuí, as colunas de canto desabaram. Por trás, na avenida Rômulo Maiorana, uma grande descolou da estrutura e foi encostada com o peso de duas perna-mancas.

ENTRADA

A entrada do prédio também segue abandonada. As duas estátuas que ornamentam a frente do Bosque estão sujas, e os bancos usados por crianças cheios de limo. As escrituras de identificação do bosque sequer podem ser lidas devido a quantidade de pichação que se mistura ao nome do local. Bem ao lado, uma placa da Prefeitura de Belém indica o início das obras de restauro em novembro de 2019, ao custo de mais de R$1.117.000,00. Em oito meses, quase nada foi feito, aparentemente.

Por fim, um retrato fiel da situação calamitosa enfrentada pelo Jardim Botânico pode ser medida pelas placas fixadas através do projeto Belém da Memória, da Universidade da Amazônia. Duas delas ornamentam a entrada do Bosque. Uma, com o poema “Soneto à Terra Natal”, de Osvaldo Rico, encontra-se tomada pelos rabiscos desconexos de sprays coloridos, enquanto a outra, ostenta unicamente a frase “Belém da Memória”, visto que, o restante, apagou-se no tempo.

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