Todos os quatro envolvidos na Chacina do Guamá, que aconteceu em 19 de maio de 2019, foram absolvidos pelo crime de peculato depois de mais de seis horas de audiência de julgamento realizada nesta segunda-feira (6). Dois deles, entretanto, foram condenados por Organização de Grupos para Práticas de Violência.
Um ano depois do crime, esperava-se que a decisão tomada não fosse essa. Entre eles está o promotor de Justiça Militar Armando Brasil, que vai recorrer da decisão. “Vou recorrer de tudo, pois não concordei com nada do que foi decidido. A minha expectativa era a condenação de todos”, disse
Os policiais militares José Maria da Silva Noronha, Pedro Josemar Nogueira da Silva, Wellington Almeida Oliveira e cabo Leonardo Fernandes de Lima foram absolvidos pelo crime de peculato - apropriação irregular de munição da PM para cometimento do crime -, mas Pedro Josimar e o cabo Leonardo Lima foram considerados culpados pelo crime de Organização de Grupos para Práticas de Violência, sendo condenados a quatro anos de prisão em regime aberto.
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“O artigo 99 do Código Penal Militar fala que condenação à pena superior a dois anos ocasiona exclusão da tropa, porém, estranhamente, eles não decidiram dessa forma, apesar de dois PMs terem sido condenado a quatro anos”, pontuou Brasil, que ao ser questionado se faltaram mais elementos ou fatores que garantisse a condenação dos envolvidos, disse que nada faltou.
O promotor deve recorrer na próxima semana.
A CHACINA
11 pessoas foram executadas na tarde do dia 19 de maio de 2019, um domingo, em um estabelecimento conhecido como Bar da Wanda, localizado na Passagem Jambu, entre as passagens Napoleão Laureano e Padre Mario Adalberto, no bairro do Guamá, em Belém.
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