Com a retomada gradual das atividades econômicas e da rotina, os velhos problemas no trânsito de Belém voltam a causar transtornos à população. A avenida Augusto Montenegro é um desses exemplos, onde o fluxo de veículos, ciclistas e pedestres é intenso a qualquer hora do dia. Um dos trechos mais críticos é o perímetro que inicia no cruzamento com a avenida Centenário, seguindo até a Estação do Tapanã. Com poucas áreas destinadas para ciclovias, é possível observar ciclistas trafegando em meio aos veículos, além de outras práticas perigosas.
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Naquele perímetro, saindo do elevado, existe apenas uma faixa de pedestres no semáforo próximo à Estação Parque Shopping. A área é bastante movimentada, uma vez que abriga supermercado, condomínios, faculdade, estabelecimentos comerciais e até um shopping center. Pedestres e ciclistas arriscam suas vidas a todo momento, atravessando a via e a pista destinada ao Sistema BRT, que por enquanto não está funcionando.
A técnica em farmácia Tamires Abdon, 33, moradora daquela área, costuma transitar a pé pela via, que ela considera arriscada. Ela lembra que a situação deve piorar quando as aulas recomeçarem. “Não tem sinalização, não tem faixa de pedestres, sendo que aqui tem escolas e faculdade. Não tem uma passarela. É cada um por si. A Semob fica de enfeite, porque não tem fiscalização alguma. Falta respeito de motociclistas que andam pelas calçadas e do poder público. Isso o que chamam de BRT é uma vergonha, uma bagunça. Nada contra o trabalho alheio, mas vans não eram nem para estar circulando aqui também”, afirmou.
RESPOSTA
Em nota, a Prefeitura de Belém informa que a Augusto Montenegro está sinalizada com faixas de pedestres e semáforos às proximidades das estações do BRT e que agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém realizam fiscalização diária na via. Sobre o trecho citado na reportagem, a Semob esclarece que a faixa antiga foi retirada por questões técnicas.