Cerca de 5.000 famílias do município de Marapanim, na região do Salgado, estão recebendo alimentos naturais e de qualidade, como frutas e hortaliças, fornecidos por agricultores do próprio município, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A ação começou em junho e conta com o o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA).

Os 80 agricultores em questão são representados pela Cooperativa Agropecuária Mista de Marapanim (Coopamim), Associação dos Agricultores de Arapajó e Associação de Agricultores do 15 de Novembro. 

A Coopamin foi constituída em 2017, com a orientação da Emater. É a primeira vez que participa do PAA. Já as associações mais antigas encontravam-se em desacordo documental e foram reativadas também a partir da atuação da Emater. É a terceira vez consecutiva que participam. 

Além do acompanhamento quanto ao modo de produção, ano passado alguns agricultores, com propriedades menos estruturadas, receberam microcrédito rural da linha Amazônia Florescer, pelo Banco da Amazônia, na quantia de R$ 2.500,00, para se ajustarem às condições mínimas recomendadas. 

“Para os agricultores, é garantia de venda a preço justo. Um estímulo para que se mantenham na atividade e expandam, bem como aperfeiçoem, os sistemas de produção. Para as famílias necessitadas, é alimento in natura, segurança alimentar”, resume o chefe do escritório local da Emater em Marapanim, o engenheiro agrônomo Wilson Rodrigues. 

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As propostas de compra-e-venda elaboradas pela Emater resultaram em um contrato no valor total de quase R$ 600 mil, com previsão de entrega de 450 toneladas de produtos como melancia e macaxeira, ao longo de 12 meses.  

A distribuição é realizada pelo Instituto Muirapinima, uma ONG filantrópica, pelo menos uma vez por semana, nas próprias comunidades. O Instituto cadastra dependentes do bolsa-família e outros vulneráveis. São famílias que se encontram em situação de pobreza, agravada com significância pela pandemia do novo coronavírus.

O lucro médio dos agricultores, que antes dependiam da negociação com atravessadores, chega a 50%. Além disso, a produção abastece de forma direta Marapanim; com os atravessadores, era levada para a Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), em Belém.

Foto: Ascom/Emater

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