Com o cenário de uma pandemia no mundo inteiro e que traz incertezas para os produtores locais, o Banco da Amazônia criou em abril deste ano o FNO Emergencial, que já financiou R$ 172,02 milhões na Região Norte. Criado para dar sustentação aos negócios regionais nesta época de pandemia e crise, em que diversos estabelecimentos tiveram que suspender as atividades, o recurso tem o diferencial para evitar uma crise nos negócios.
"Temos um longo relacionamento com o Banco da Amazônia, sempre solícito e parceiro em momentos chaves de nosso negócio, como reformas, suporte para capital de giro e mais", afirma Eduardo Yamamoto, que desde 2006 é franqueado de uma loja nacional de roupas em um shopping de Belém. "Com o fechamento das lojas em 20 de março, a gente teve um grande problema de fluxo de caixa. Estávamos nos preparando para o 2° trimestre de 2020, momento de reaquecimento da economia. Contratamos mais pessoas, compramos mais produtos, e fomos pegos no contrapé com o fechamento das lojas".
Os recursos do FNO Emergencial foram destinados principalmente às empresas de pequeno porte, que representam 79,31% das operações. Ou seja, do volume total investido, mais de R$ 133,80 milhões foram para negócios com faturamento de até R$ 4,8 milhões, incluindo, ainda, pessoas físicas que desempenham atividades produtivas de maneira informal, enquadradas no Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), cooperativas e microempreendedores individuais (MEI). O FNO Emergencial já efetivou o total de 2.194 operações. Dessas, 1.611 foram para o fomento de atividades do comércio (73,43%), com R$ 127,85 milhões investidos no setor.
A maior parte dos recursos serviu ao financiamento de capital de giro, demonstrando, com isso, que os empreendedores tomaram o crédito para resolver problemas emergenciais à manutenção do próprio negócio.
"Com o fechamento das lojas, a gente se viu com aluguel, condomínio, pagamento de fornecedores, folha, prestadores de serviço... Todas as despesas que a gente tem, independente do funcionamento ou não da loja. Alguns conseguimos a suspensão, mas a maioria tivemos que arcar sem o cancelamento", continua Eduardo. "Pandemia veio nos forçar a buscar inovação. Vimos a necessidade do mercado on-line, atendimento via WhatsApp, redes sociais. Um projeto que estava engatinhando e teve que correr, pois era a única geração de renda e vendas para a empresa.
"Esse empréstimo emergencial, além de sanar um problema de fluxo de caixa, serviu como base para a gente dar esse próximo passo na venda on-line. Hoje, inclusive, aumentamos nosso quadro, com um motoboy próprio, e contratamos uma terceirizada para divulgar esse canal digital da marca. A verba não apenas sanou um problema de passivo, como nos permitiu dar um passo adiante", explica Yamamoto.
Empreendedores do Pará, Rondônia e Tocantins foram os que mais contrataram o FNO Emergencial. Nesses três estados foram feitas 683, 463 e 380 operações, mobilizando um total de R$ 54,1 milhões, 35,7 milhões e R$ 28,4 milhões, respectivamente. No Amazonas, houve 304 financiamentos, no total de R$ 24,90 milhões. No Acre, foram 257 operações, com um volume total de R$ 21,39 milhões. E em no Amapá e Roraima, foram feitas 54 e 53 operações, com volumes totais de R$ 4 milhões e 3,3 milhões.
"Como somos franqueados de uma marca nacional, ao nos comunicarmos com outros franqueados, vimos o privilégio que é ter o Banco da Amazônia, que é um parceiro em desenvolvimento regional, do pequeno empresário. Em outros Estados não existem bancos de desenvolvimento tão próximos, ágeis e solícitos ao qual o pequeno empresário regional precisa", completa Eduardo.
LIMITE DE CRÉDITO, PRAZOS E CARÊNCIA
O Banco da Amazônia destinou R$ 2 bilhões para financiamentos por meio do FNO Emergencial. Para quem precisa investir, o limite de crédito é de até R$200 mil. Já para capital de giro, o financiamento é de até R$100 mil. Para o MEI, o valor para financiamento é de até R$ 20 mil e, para capital de giro, de até R$ 5 mil. As microempresas podem financiar até R$ 40 mil.
O prazo de financiamento para investimento é de até 12 anos, incluída a carência que se estende até 31 de dezembro de 2020, ou seja, o tomador só começa a pagar a partir de janeiro de 2021. Para capital de giro, o prazo é de até 24 meses, também com carência até o último dia deste ano e início de pagamento para janeiro do ano vindouro. Os encargos financeiros ofertados pelo Basa são muito competitivos, sendo a taxa efetiva de juros de 2,5% ao ano. Quanto às garantias, essas serão pedidas conforme a avaliação do crédito a ser concedido. Para acessar os recursos, basta acessar o site.
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